domingo, dezembro 05, 2010

Daybreakers

IMDb | Sítio Oficial

Porque raio é o nome em português O Último Vampiro?! Não faz sentido nenhum. Quanto muito, deveria ser O Último Humano.

Sempre ponderei sobre esta possibilidade. Porque é que os vampiros não dominavam o mundo? Se são mais fortes e imortais, mais ou menos, porque não seriam eles a maioria? (Estou a falar a nível de história, claro. Sei que vampiros não existem.) É verdade que os humanos tendem a resistir ao domínio vampiresco. Convém que assim seja, senão as histórias teriam pouca piada. O que é certo é que eles são mais fortes que nós, e a conversa de matá-los com estacas no coração é um pouco fajuta. Não me parece que seja assim tão fácil espetar um pedaço de pau através de carne e osso, acertando numa coisa que muitas vezes não é assim tão grande. É preciso pontaria e bastaste força. Tenho ideia, atenção. Confesso que nunca experimentei. Em todo o caso, a ideia de vampiros serem a maioria traz um grande problema à baila: se eles são mais que nós, e eles precisam de nós, como é que se alimentam? Especialmente se tivermos em conta que sempre que se alimentam, transformam o humano em vampiro. Isto em maior parte das histórias, claro.

Este domínio do vampiros é o que sucede em Daybreakers. Existe uma sociedade completamente estabelecida, com negócios e trabalhos. Só que em vez de ser durante o dia, ou em vez de haver comida convencional, vende-se sangue e trabalha-se de noite, ou debaixo da terra. Vejo uma grande vantagem da sociedade vampiresca. Os «dias de trabalho» seriam «noites de trabalho». Tendo em conta que o dia costuma ser maior do que a noite, implicava que trabalharia menos tempo. Excelente, não? A desvantagem deste mundo é que os humanos são cada vez menos e os vampiros enlouquecem e/ou «evoluem» para um bicho homem-morcego. Pensando melhor, um bicho homem-morcego não tem que trabalhar, sequer. Tanto melhor!

A ideia é boa. Gosto desta premissa dos humanos serem a minoria. Para mim, é o que faz sentido num universo onde vampiros existem. Em «O Último Vampiro» (bleeergh), a ideia foi mal executada. As curas são demasiado absurdas e estragam qualquer possibilidade do filme vingar.

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