domingo, dezembro 05, 2010

Cyrus

IMDb | Sítio Oficial

Muito bom o personagem de John C. Reilly.
Ao ler a sinopse, dá o ar de que Jonah Hill será o problemático. Ao ler, a impressão com que fiquei foi que seria ele o perturbado. Não é bem assim. Ele e Marisa Tomei, a mãe, têm uma relação demasiado próxima. Eu sei que cada um é como é, e não se deve julgar relações, mas é um pouco doentio. É uma relação demasiado co-dependente para o meu gosto. Ela é tão esquisita como o filho. Isto poderia ser um grande problema para Reilly. O duelo 2x1 não costuma pender para o solitário, mas Reilly bate-se muito bem com a criança adulta que Hill é. Desvia-se dos murros, antecipa ataques e problemas e, acima de tudo, puxa muito bem as coisas para o seu lado. Não as pede, simplesmente dá a dica para olharem com atenção para o facto de que não as tem.

Esta premissa já está bastante batida, da criança rebelde que quer o pai ou a mãe só para ele, impedindo-os de sair ou andar com outras pessoas. Isto não é uma comédia ridícula, apesar desta premissa ou do conjunto de actores. É cómico, mas é feito com alguma inteligência e tentando sempre evitar bater demasiado no clichê. E consegue-o. Só é estranho ver familiares ou namorados a conversar calmamente sobre assuntos. Por norma (e incluo-me aqui), este tipo de coisas são tratadas aos berros e sem conseguir chegar a grande entendimento. Que seres estranhos, todos os três.

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