terça-feira, setembro 29, 2009

Inglourious Basterds

IMDb | Sítio Oficial

Depois de demasiadas quase idas a ver o novo de Tarantino - desde «amigos» que foram em pandilha e não disseram nada, a «amigo» que decidiu trocar-me por uma qualquer flausina, passando por todos os «amigos» demasiado histéricos, que não esperaram por mim - lá apareceu um verdadeiro Amigo, que não só convidou e fomos (se bem que só praí à terceira), como ainda convidou para uma sessão VIP! (Não, isto não envolveu qualquer tipo de experiência sexual.) Não sou de gostar de estatutos e convencionais cenas «vip». Gosto sim de pipocas, bebidas e comida à descrição. Isso, gosto muito. Não é uma cena barata, mas na maneira que fomos, até rendeu. Obrigado, Amigo a sério.

Feita a introdução...
Odeio todos os que viram o filme e decidiram comentá-lo comigo! Não porque viram sem mim (estou-me a marimbar), mas porque o comentaram. Houve duas referências para todos: a cena inicial e o alemão. Eu dou mais umas.
  • «A cena inicial é brutal!» «Os primeiros dez minutos são magníficos!» «O primeiro capítulo é uma ode ao cinema!» Ok, a última é um exagero. Os meus amigos... peço desculpa, as pessoas que não têm repúdio em falar com a minha pessoa ocasionalmente, são todos uma cambada de bandalhos que não sabem falar. É, aliás, por isso que gosto e dou-me com eles. A cena inicial acaba por não ser brutal porque esperava a coisa mais magnífica alguma vez feita. Esperava o ET voltar. Esperava o McFly entrar em cena. Esperava o outro com o chapéu e chicote. Esperava naves. Esperava fogo de artifício. Esperava alguém dizer «abre-te, Sésamo» e descobrir-se o armazém onde escondem as virgens destinadas aos que matam infiéis! A cena é boa, claro que sim. Só que nunca chegará aos calcanhares do que toda a gente pintou.
  • O alemão... epá, sim. O alemão é muuuuuuito bom. Que dá vontade de bater. Que dá vontade de torturar. Que dá vontade de matar. Claro que sim. Grande vilão. Um magnífico CSI, para mais.
  • Outra cena que discordei, embora não fosse consensual, é que o registo do Brad Pitt fosse dentro do de Burn After Reading. Nada disso. Aliás, dentro dum registo cómico de filme que não esperava, não achei o Pitt nada cómico ridículo, como no filme dos Cohen.
  • Gosto como é impossível o Mike Myers conseguir fazer um papel sério.
  • Gostei de um ou dois actores de comédia fazerem parte da pandilha de Basterds.
  • Gostei dos dois alemães, este e esta.
  • Achei estranho Hitler e os amiguinhos estarem tão ridículos.
O que o pessoal não contou e eu, para vingar-me nos pobres infelizes que ainda não viram, vou contar aqui, é que o final é lindo demais. Não o esperava. Toda a cena fez-me vibrar na cadeira. Chegou a haver vontade de levantar e bater palmas. Levantar até podia, visto estar na última fila. Já bater palmas talvez ficasse mal visto, mesmo no meio de tão pouco público.

E agora as perguntas que toda a gente gosta:
É um bom filme? É um bom filme.
É um bom Tarantino? É um diferente Tarantino.
É o melhor Tarantino? (Ver resposta anterior.)
Tem os diálogos Tarantino? Tem bons diálogos, mas seria difícil ter os do costume.
Tem a banda sonora à Tarantino? Alguns laivos, aqui e ali, mas dificilmente passaria num filme desta época.
Merece o lugar que tem no top do Imdb? Acho que não.
É o meu filme favorito? Nem por isso.
É o meu preferido do Tarantino? De todo.
Gostaste? Sim.
É preferível ver filmes sempre na sala VIP? É coisa para de vez em quando, não sempre. Acho que quando acordar ainda estarei a digerir as pipocas.

*burp*

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