Primeiro o Girl Next Door, agora este I Want Candy.
Em ambos, o ponto comum de putos que, por um motivo ou outro, acabam por fazer um filme pornográfico. Para mais, tentam fazer um filme que revolucione a saturada e estereotipada indústria de filmes adultos.
Meus amigos, isso é impossível! Tal já foi feito.
Filmes pornográficos de qualidade existiram nas décadas de 60 e 70.
Os filmes tinham história e procuravam contá-la, não era só para o efeito imediato de...
As pessoas iam ao cinema ver um filme pornográfico. E não havia nada daquelas sessões contínuas. Era uma sessão para um filme.
Naquela altura, os meios eram mais limitados. Qualidade de imagem e som a anos luz do que existe hoje (embora as bandas sonoras fossem melhores). E a representação... bem, a representação é sempre a mesma, mas isso passa principalmente pelo facto de que a qualidade dos filmes, como um todo, piorou.
Se não tem havido esta massificação da indústria (e atenção que aqui confesso que estou algo dividido, porque apesar de tudo, variety is the spice of life) provavelmente hoje em dia teríamos muitos actores de Hollywood a fazer um filme adulto de tempos a tempos.
Vejam este fenómeno que existe com as sex tapes. A Paris tornou-se MUITO MAIS famosa à custa disso. Há actores e actrizes que há muito já saíram da ribalta e agora estão a voltar, lançando sex tapes para meios controlados.
O público gostaria e pagaria para ver as suas estrelas preferidas gettin' it on. Sempre que aparece uma notícia que actor/actriz X vai fazer um filme onde mostra determinada parte do corpo ou faz isto ou aquilo, esse filme é imediatamente sucesso de bilheteira!
Outro ponto a favor da minha teoria é esta onda de filmes com cenas de sexo explícito. Shortbus, 9 Songs, Ken Park, Intimacy... Porque o sexo faz parte da vida. Não pode haver uma história de amor sem ter a parte do encontro lascivo. No final feliz, a seguir ao casamento, o casal depois de todas as tropelias, de quase não terem ficado juntos por causa do mau da fita, ou por causa de uma intempérie, ou do acaso, na lua-de-mel vão estar a noite toda a dar beijinhos e a segurar a mão um do outro?
Vocês - todos os três - sabem que tenho razão.
Em relação ao filme em si, é todo cheio de malandrices e os personagens principais, ou mais que não seja os dois casalinhos que se formam, ficam juntos no fim (respectivamente, entenda-se) e - vou ser um louco e partir deste pressuposto - em princípio, fazem amor.
Mais que não seja, este filme tem a Carmen Electra (inserir som da minha pessoa num elevado estado de salivação) e a Michelle Ryan que apareceu nos dois melhores filmes que vi nos últimos tempos (Cashback e este), mesmo que seja em papéis mínimos. A mal ou a bem, à custa desses papéis mínimos, vim a descobrir que a moçoila é a nova Bionic Woman.
E esta, hein?
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