quinta-feira, agosto 06, 2020

Every Day



Pensava que não conseguíamos arranjar mais nada de jeito para ver tão cedo, mas dum buraco qualquer a minha senhora sacou este filme, cheio de momentos demasiado errados se pararmos muito para pensar na realidade desta fantasia.

Temos uma miúda adolescente, apaixonada pelo namorado idiota, insegura porque ele não gosta dela tanto quanto ela gosta dele. Até que há um dia em que ele transforma-se. É um dia perfeito e justifica na totalidade o seu amor. Só que o dia acaba e, no seguinte, ele volta a ser o idiota do costume. E nesse mesmo dia seguinte, há outra pessoa que a trata tão bem como o namorado no dia anterior. Da mesma forma. Como se fosse... a mesma pessoa, em dias diferentes, em corpos diferentes.

Aqui entra a parte esquisita.

Há alguém que acorda num corpo diferente todos os dias. A mesma alma. Corpos diferentes. Sempre à volta da mesma idade. Mais ou menos na mesma zona. É assim desde que nasceu. As pessoas que habita não sabem disto, não têm qualquer memória desse dia. Tudo normal, como se nada fosse. Simplesmente perdem um dia nas suas vidas.

Como é que se tem uma relação com alguém que não sabemos quem será no dia seguinte? Através duma conta de Instagram secreta, pois claro.

O filme é um romance adolescente, baseado num qualquer livro, como é bastante da moda, hoje em dia. Mas não é mau. Não sei se tem a ver com o marasmo de entretenimento dos últimos tempos, ou mesmo só o annus horribilis, que quase tudo faz parecer melhor, por comparação. O certo é que achei piada.

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