quinta-feira, fevereiro 02, 2012

The Descendants

IMDb | Sítio Oficial

Paradise can go fuck itself.

Ora aí está um bom começo para qualquer história: um gajo a mandar vir porque vive no paraíso. Lamento, bonzão, não tens qualquer tipo de pena da minha parte. Viver no Havai, para mim, sempre foi como um sonho. Não faço ideia porquê. Devo ter visto um qualquer filme ou série no Havai, em miúdo, e apaixonei-me. Viver numa ilha, rodeado de mar azul bonito, praias brutais, poder usar camisas havaianas o tempo todo, gente gordalhufa e bem disposta, com um sotaque peculiar e uma segunda língua. Sim, um paraíso, sem dúvida.

Clooney tem razões para mandar vir, no entanto. A mulher está em coma e ele não faz ideia de como lidar com as duas filhas, uma delas em plena adolescência. Para mais, o palerma é rico. Herdeiro de fortunas e terrenos outrora posse de reis. Tudo repartido, mais ou menos, por uma data de primos e afins. Há muito por dividir. Não será por aí.

Não posso nem quero comentar muito mais. Acho até que já disse demasiado. Queria mandar uma boca ao Cereal Killer, mas não o vou fazer. O que é certo é que estava com bastante vontade de ver The Descendants. É a minha praia. Ainda para mais, Clooney conjuga demasiado bem duas das suas melhores (únicas?) facetas. O toque de queriducho de quem temos pena, com o insano ridículo. Estava em pontas. Até que disseram-me que não era nada de especial. Foi o melhor que me podiam ter feito. Acabei a gostar. Passava bem sem o final, é um facto. Ou melhor, passava bem sem parte do final. Gostei do filme. E acho até que vou gostar mais com o digerir da coisa, nos próximos dias.

Mahalo.

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