quarta-feira, março 17, 2021

Man of Steel


Primeira etapa no «DC Snyder Universe», em preparação para o famigerado Snyder Cut. Sim, vou rever os filmes que levam ao dito, mas acho que vou só dizer coisas soltas. Convém ter presente que já falei demasiado destes filmes no blogue.

No universo Super-homem toda a gente chora o Kal ou o Jor-El. O primeiro perdeu a família, mas herdou um novo planeta. O segundo perde o filho e depois a vida, mas continua a «viver» uma consciência artificial. A pobre Lara, num par de dias, perde o filho, o marido e, por fim, o raio do planeta, mas ninguém chora pela moça.

Continua a baralhar-me a visão que Snyder teve de Krypton. Sendo certo que já não leio BD do Super-homem há muito tempo, para mim Krypton sempre foi um planeta super evoluído, muito mais citadino e tecnologicamente avançado que o nosso. A série Krypton mostrou isso mesmo. Uma sociedade a viver por castas, com tudo planeado, em cidades, grandes ou pequenas, cheias de edifícios e máquinas. Animais voadores a transportar humanos, como vemos neste filme, é-me esquisito.

E continuando na tecnologia... Descobre-se na Terra uma nave espacial de Krypton com mais de 18 000 anos. Desde então a tecnologia kryptoniana não evoluiu? Clark mete a pen drive de Krypton num sistema com milhares de anos e tudo funciona na perfeição? Tomemos a nossa evolução de tecnologia nas últimas décadas como exemplo. Em menos dum século passámos dum único computador a ocupar uma sala inteira, para aparelhos que cabem no nosso bolso que fazem tudo. Para passar informação duma máquina para a outra tivemos disquetes de vários tamanhos e, hoje em dia, temos pen drives com USB. O próprio USB vai evoluindo! Ligamo-nos por cabos diferentes e sem estes. Uma mesma ligação transmite dados e energia. E o dito aparelho que temos no bolso torna-se obsoleto num par de anos, em média. Basicamente Krypton construiu umas cenas fixes, arranjou naves e robôs, e baixou os braços. «Está feito. Não mexe mais. Agora é sentar o cu no sofá, ver a bola e beber umas jolas. Não invento mai' nada

Man of Steel continua a ser bonito de se ver. Total mérito seja dado a Snyder nesse aspecto. Os voos, as batalhas, a destruição, é tudo delicioso. Mesmo o mais trágico. Já em termos de história, os detalhes, a substância dos personagens ou a narrativa, Snyder e companhia têm muito que aprender (já vão tarde). E quantas cenas do Super-homem a gritar são precisas para fazer um filme? Para além de que tudo e todos tem tão pouco a ver com a BD.

YOUNG CLARK - What was I supposed to do? Let them die?
PA KENT - Maybe.

Ugh! Curioso como na década de 70, com menos recursos e aldrabando muito o material de origem, conseguiram fazer um filme muito mais fiel ao personagem.

Vamos ao seguinte.

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