sexta-feira, março 19, 2021

Justice League


Terceira e última etapa no «DC Snyder Universe», em preparação para o famigerado Snyder Cut.

Isto deveria ter sido uma celebração dos tempos em que vivemos. Em temos cinematográficos, entenda-se. Em especial por termos tantas adaptações de BD. Para mim e para «os meus», tem sido genial. E não é só vermos «em acção» as histórias com que crescemos. É a possibilidade de reinvenção, de com algum feedback erros poderem ser corrigidos (tomemos como bom exemplo o Sonic), assim como a facilidade de comunicação e opinião. Nem sempre é bom, claro, mas haver um canal para que o público posso dizer o que quer é qualquer coisa de extraordinário.

Quando ouvi que o Snyder queria lançar a sua versão do filme fartei-me de rir. Porque apesar de também sentir que esta versão feita a quatro mãos é demasiado bipolar, face às circunstâncias em que foi criada, a verdade é que achei o filme bastantes furos acima do que estava a ser feito pela DC. Para mim, a versão do Whedon é mais BD e menos «cena soturna presa numa qualquer cave», que estavam a alimentar. Por isso sempre que ouvia falar no Snyder Cut pensava que tinha de rever os filmes todos. E, apesar de não ser grande fã do que foi feito, esse pensamento sempre alegrou-me. Um par de dias a ver filmes de BD é melhor que maior parte dos demais (com ou sem pandemia). Quando finalmente foi anunciado que a famigerada «versão do realizador» ia ser lançada, fiquei contente porque o público conseguiu o que queria, e porque ia ter uns serões interessantes em Março de 2021.

Só que entretanto começaram as polémicas. E alguém que admirava, fruto do seu trabalho, afinal é uma besta. Graças às queixas que Ray Fisher fez de Whedon, a verdade veio ao de cima. Tudo aponta que a carreira de Whedon tenha terminado. Pelo menos como a conhecemos. E ainda bem que assim será, porque comportamentos como os que está a ser acusado não podem ter lugar em lado algum.

Assim, o que poderia ter sido mais uma victory dance deste fã da Marvel e do «Whedonverse», acaba por tornar-se um momento em que meto a cauda entre as pernas e arrasto-me para o meu canto.

Vejamos assim, com humildade, a epopeia de quatro horas do sr. Snyder.

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