segunda-feira, junho 24, 2019

T2 Trainspotting


Cá está ele. O filme que deixei para o fim. Falta-me ver o Okja com a minha senhora. Está nas nossas respectivas listas desde que nos conhecemos, em boa verdade. Mas esse não conta. T2 era o meu bicho papão.

Porque não se volta onde se foi feliz.

Comecemos com duas notas parvas:
- A cena com a Macdonald a dizer «ela é nova demais para ti» foi hilariante.
- O Infinity War já o tinha mostrado. Este prova ser verdade. Edimburgo à noite é uma cidade fantasma. Não se vê ninguém nas ruas.

Como é que se volta a algo que marcou uma educação cinematográfica? Como para muita gente, Trainspotting foi importante no meu crescimento. Não que me identifique com os personagens. Não fui um drogado na Escócia, na década de 90. Estava ocupado a não ter sexo no secundário, a ver uns poucos filmes castiços que me faziam rir quando não era suposto, com bandas sonoras memoráveis.

Sei que, se chegar a idade avançada, vou esquecer-me de maior parte das coisas. Ainda hoje em dia amigos de longa data mencionam episódios esquecidos em cantos inóspitos do meu cérebro. Mas acho que nunca vou esquecer o Trainspotting. Todas as cenas memoráveis e mais algumas. Parece que não serei o único, já que esta pandilha, todos com outro tipo de sucesso em Hollywod, também tinha saudades de voltar ao universo.

T2 não desilude. Não é a mesma coisa. Não vai marcar ninguém, como é óbvio. Mas é um óptimo regressar. Nunca esquecendo o passado, mas acrescentado alguns detalhes bem engraçados nesta sequela. Não fazia ideia que Welsh se identificava mais com o Spud, de todos os personagens, por exemplo. Agora fico com aquele vazio nostálgico. Aquelas frases aos solavancos na minha cabeça. Coisas com as quais não me podia identificar e ainda não consigo (continuo sem ser um drogado). Só que não deixam de fazer pensar. Já naquela altura foi igual.

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