terça-feira, agosto 02, 2011

Something Borrowed

IMDb | Sítio Oficial

Ainda tive alguma esperança, confesso. A história já foi contada inúmeras vezes, mas mantive a esperança até quase o final que conseguisse ser diferente. Não foi. Infelizmente, não foi. Teria sido um ponto muito a favor. Aqui a questão é que Ginnifer Goodwin (que apesar de ser a protagonista mesmo assim não tem o nome primeiro no cartaz) e Kate «A Viúva Negra» Hudson (adivinhem quem tem o primeiro nome no cartaz) são melhores amigas desde sempre. Hudson vai casar-se com a paixão de Goodwin desde a faculdade. Mal entendidos e o facto de Goodwin ser uma totó, a acumular com o outro facto de que Hudson é a rainha do centro das atenções, fez com que o rapazito, que até estava apaixonado pela morena, acabasse noivo da loira. Meses antes do casamento, por sorte ou azar, Goodwin enrola-se finalmente com o rapazito. Malandros. A partir daí é um chorrilho de «não-devíamos-fazer-ou-mesmo-só-querer-isto, mas-também-não-te-quero-com-mais-ninguém que, confesso, deu-me a volta ao estômago e não pelos motivos óbvios. Pelo meio, nenhuma delas quer John Krasinsky e este não quer Ashley Williams. Esta última ideia será das mais absurdas e surreais que alguma vez vi em qualquer filme na vida. E eu já vi muita coisa absurda e/ou surreal. Quem é que não quer a melhor namorada que o Ted teve até agora?!

Bem, o que é certo é que Something Borrowed poderia ter tido algo de original e não teve. Claro que às tantas descobre-se que Hudson traiu o noivo. É sempre o mesmo esquema para validar a traição da melhor amiga, protagonista da história. Esperava-o, claro. Não deixou de irritar-me. E acho que este filme não terá sido tão bem aceite (pelo público-alvo, entenda-se) porque continua a dar aquela imagem de gente rica que tem tudo mas, mesmo assim choraminga. Personagens com grandes empregos, uma data de tempo livre, apartamentos grandes em NY e casa nos Hamptons não é o que o espectador quer ver. Os tempos são demasiado deprimentes e frustrantes para se criar empatia com quem tem tudo, lamento.

Em todo o caso, já tinha saudades de comédias românticas.

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