domingo, agosto 28, 2011

Beautiful Boy

IMDb | Sítio Oficial

Por acaso já pensei algumas vezes neste ângulo. Histórias sobre miúdos que matam uma data de gente na escola há muitas. Curiosamente são sempre miúdos norte-americanos. Já tivemos o ponto de vista das vítimas, dos agressores e até dos heróis. Beautiful Boy é com o ponto de vista dos que ficam e levam com as consequências: as famílias. Neste caso, os pais, um casal prestes a separar-se mas que aguentou tanto tempo precisamente por causa do miúdo. Este pesadelo aproxima o casal. Afasta-o. Fortalelece-o. Destrói-o. A angústia de querer continuar a amar o filho, sabendo que fez algo horrível. O peso de não saber o que fizeram mal... se é que fizeram alguma coisa mal. Sim, claro que os actos das crianças reflectem-se na grande maioria na educação dada pelos pais. Mas há desiquilíbrios químicos. Há drogas que destróiem o cérebro. Há acidentes e há traumas fora de casa. Um filho vai para uma guerra. Volta de lá traumatizado e mata uma data de gente porque pensa que ainda está a lutar. É culpa dos pais? Há atenuantes. Há muitas possibilidades. Em todo o caso, o pesadelo de viver uma experiência destas é vivida neste filme. E, enquanto o via, andei a arranjar comédias, porque não posso estar sempre a ver estas coisas pesadas. Chiça.

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