segunda-feira, agosto 22, 2011

Fast Five

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Depois duma bela sesta num final de tarde de domingo, precisava de algo para espevitar, para despertar. Abusei, claro. Todos os meus poros, neste momento, exalam testosterona. Estes filmes de «F&F» deviam vir com avisos. «Não recomendado para pessoas com problemas cardíacos.» «Não consumir depois das nove da noite.» Esse tipo de coisas.

A fórmula é sempre a mesma: carros, velocidade, garotas, destruição e testosterona. Há muitos bons momentos neste quinto episódio da saga. Muitos terão gostado da cena de porrada entre Vin Diesel e Dwayne «The Rock» Johnson. Muitos mesmo, porque teremos que ter em conta toda a questão homo-erótica. Outros terão adorado como parte do Rio de Janeiro foi destruído com uma caixa cofre gigante e pesada. Eu prefiro destacar três outros momentos.
- The Rock é um agente federal enviado para o Brazil em busca dos meninos do costume. Um polícia local está de roda dele, assim que aterra, para saber o que necessita. The Rock só precisa de duas coisas. A primeira é uma interprete polícia popozuda (claro). A segunda: «Stay the fuck out of my way.»
- Joaquim de Almeida é o barão do crime local. É ele que controla o Rio. Depois de mostrar esse lado mais agressivo, sai-se com este lindo discurso de estratégia, contendo também uma pequena lição de história, para uns fat cats quaisquer sem relevância nenhuma para o enredo do filme: «Five hundred years ago, the Portuguese and the Spanish came here, each trying to get the country from their natives. The Spaniards arrived, guns(!) blazing, determined to prove who was boss. The natives killed every single Spaniard. Personally, I prefer the methods of the Portuguese. They came bearing gifts. Mirrors, scissors, trinkets. Things that the natives couldn't get on their own, but to continue receiving them, they had to work for the Portuguese. And that's why all Brazilians speak Portuguese today.»
- Este quinto «F&F» mais pareceu um «Ocean's Eleven». A certa altura chamam os amigos para ter uma equipa de especialistas. Na primeira «reunião de equipa», Diesel começa a explicar o porquê de os ter convidado a todos para virem ao Rio. E o que achei delicioso nesta parte é que, mesmo antes de explicar o plano e o quão impossível e insano seria, havia logo pessoas a aceitar o «trabalho». Imagino que ficaram encantados pelos lindos olhos de Diesel. Apesar de tudo, houve logo um que disse que não e outros hesitaram, com razão. Facilmente foram convencidos quando números foram citados. Relembro que não havia plano na mesa, mas assim que 100 milhões foram mencionados, toda a gente alinhou imediatamente. «Vamos tentar assaltar o gajo mais poderoso e perigoso da zona, tentando entrar no sítio mais protegido do país? Epá, não sei se me quero meter nisso. (...) 100 milhões? Contem comigo.»

Para terminar, e fazendo uso do conhecimento que adquiri com esta película, posso afirmar que as favelas do Rio têm os telhados de zinco mais forte do mundo e arredores, pois conseguem suportar não só o peso de Vin Diesel, como ainda o de The Rock, ambos aos saltos. Magnífico.

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