segunda-feira, março 24, 2008

Juno

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5.º da Maratona dos Cinco

Deixei o melhor para o fim.

Admito que serei algo tendencioso a falar deste.
Acho que já gostava dele antes mesmo de ver o trailer.
O problema foi que não o fui logo ver. O problema é que isto foi parar aos Óscares e acabou por ser empolgado, sem necessidade nenhuma. Não que não mereça lá estar, simplesmente porque sou um egoísta do caraças nestas coisas e gosto de ter este tipo de filmes só para mim, não para as massas.

Não devia ter deixado tanto tempo passar. Não devia ter deixado tanta gente falar-me do filme.
Devia logo ter agarrado em alguém especial e ter ido ver um filme que poderia ser especial.

Geraram-se espectativas, o problema do costume.

Existem algumas coisas demasiado surrealistas, contudo.
A reacção dos pais não existe. Ninguém fica impávido e sereno com a revelação de que a filha está grávida. Mesmo que já o esperassem. Não há pai no mundo que não matasse o puto que lhe engravidasse a filha. E não há maneira de me convencerem que uma miúda como a Ellen Page alguma vez poderia apaixonar-se pelo Michael Cera. Especialmente no secundário.
Sem hipótese... impossível!

Para mais, enquanto via o filme, a vida meteu-se no meio.
Decidiu interromper-me o que parecia ser um óptimo serão, onde os meus ânimos se elevavam com uma bela peça cinematográfica, e mandar-me ao chão, atirando ainda um bocadinho de terra para os olhos e dando aquele pontapé no estômago, não para aleijar, só para perceber que não estava a imaginar a coisa.

É assim a vida.

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