Breckin Meyer é voluntário na campanha de Kerry nas eleições de 2004 para presidente dos Estados Unidos. Breckin está tão convicto de que Kerry vai ganhar que faz uma promessa de mudar para o Canadá, na remota possibilidade de que tal não aconteça.
Como bem sabemos, naquele ano a balança voltou a pender para o lado dos Republicanos.
A promessa foi feita na noite de eleições, já com uma dose considerável de álcool no sangue, mas Breckin vê-se sem nada a que se agarrar. O cavalheiro abdicou do resto da vida durante a campanha e agora, depois dos resultados, a perspectiva de mudar de país acaba por ser a única coisa apelativa.
É o problema de focar-se numa questão e esquecer tudo o resto. Eventualmente apercebemo-nos que perdemos coisas e que, no final, provou não ter valido a pena. Pior ainda que se vê que não há forma de voltar atrás, no que se perdeu.
Solução: fugir!
Refugiar-se num qualquer outro projecto e dedicar-se, evitando pensar, porque custa demasiado.
Para a viagem para norte, Breckin procura companhia para a viagem, para dividir custos e tudo mais. Aqui entre Anna Paquin e, a partir daqui, saltamos dum problema pessoal/político para um romance.
A primeira parte da história até está bem desenvolvida. Ao longo do filme percebemos de onde vem a fixação de Breckin e porque é que o personagem tem as atitudes que tem. A segunda parte, a do romance... percebemos porque é que o Breckin se interessa pela Paquin. Percebemos que ele quer mais do que só ter conversazinhas ao longo da viagem. Dela só vemos interesse quando, às tantas, reclama porque ele não lhe deu atenção nenhuma durante a festa. Porque é que as mulheres têm que ser levadas a extremos para mostrar o que sentem?!
Bem, estou a desviar-me da questão.
É fraquinha a parte do romance. Daí que, a certa altura, o filme se perca um bocado.
Blue State tem alguns bons pormenores e começa até bastante bem. Não é nada de especial mas é um filme agradável de se ver.
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