sábado, outubro 21, 2006

Friday Night Lights

IMDb | Sítio Oficial

Claramente filmes de desporto vivem da banda sonora. Qualquer uma das cenas, desde o mais simples plano dum treino, à decisiva jogada final do último jogo, se lhe cortarem o som não vos dou 15 segundos para começarem a dormir. O Black Betty é, aliás, a música de eleição, tanto de filmes no sul, no estado do Texas, como em filmes com futebol americano. A sério, vão verificar, vão ver que tenho razão.

Se formos a ver bem, qualquer filme sobre futebol americano tem sempre um personagem que passa o filme todo sem agarrar/segurar a bola; um puto cujo pai, vivendo frustantemente através do filho, bebe e consequentemente bate-lhe ou abusa-o verbalmente; um treinador que é um génio da coisa, sendo uma estrela só por si; um gajo religioso sereno mas que quando lhe pisam os calos... ui!; um gajo muito bom, muito cromo, que ou se muda para a outra equipa ou se lesiona e torna-se humilde; e um ou dois gajos que apesar de não serem muito bons estão lá sempre para apoiar o herói da companhia, regra geral o quarterback. Este não foge à regra.

Para além destes clichés todos ainda temos a questão da história ser baseada em factos verídicos. Qual é o problema aqui? Nestas coisas, os personagens principais são sempre... eu não queria dizer beatificados, naturalmente que isso é um exagero, mas foi a primeira que me veio à cabeça e nestas coisa sou um bocado teimoso.
Nestas histórias, a outra equipa é que faz sempre batota, ou outros são muito mais feios/maus/mal educados, na equipa dos personagens principais todos dão-se bem e são amigos e mesmo com o vedetismo de alguns jogadores, toda a equipa está lá para os apoiar, não há espaço nenhum para ciúmes. Só a título de exemplo, neste filme, para desculparem o treinador de ter metido a estrela da companhia nos minutos finais de um jogo já ganho e consequentemente ter feito com que esse jogador se lesionasse de tal maneira que não pudesse jogar mais, fizeram crer que o jogador substituto não encontrava o capacete e então, na brincadeira, a estrela é que decidiu entrar no campo antes que o colega encontrasse o referido apetrecho. Pois pois, claro, contem-me histórias.

No geral, Friday Night Lights é um filme ideal para ver num domingo chuvoso, à tarde, com boa companhia e um grande balde de pipocas. O que não é mau de todo, podia ser pior.

Só uma última nota: Estranho como é que a Connie Britton, que era personagem pricipal no Spin City - série que tanto quanto sei teve o seu sucesso (eu sei que via e gostava bastante) - não tem mais de 4 falas neste filme. Mas se ela tivesse aparecido pouco, ainda era naquela, mas Connie aparece em bastantes cenas, só não disse foi nada. Não passou de arm-candy do Billy Bob. Muito estranho!

PS - O Billy Bob Thornton é bué irritante!

NOTA: Eu escrevi isto ontem e entretanto estive a fazer umas pesquisas e deparei-me com uma série que começou agora, com este mesmo nome, Friday Night Lights. E na série esta mesma história continua. Isto tudo para dizer o quê: é que a Connie Britton também aparece na série sendo assim possível que tenha um papel mais preponderante. Menos mal.

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