Felizmente hoje em dia já não existe tanto o risco de alguém ser type-casted. É que confesso que depois do Lord of the Rings tinha algum receio em perder o Elijah Wood. O rapaz, antes da trilogia, nunca foi de filmes completamente mainstream embora qualquer gajo que vá duas ou três vezes ao cinema por mês tinha mais do que obrigação de o conhecer, pois este actor sempre teve a capacidade de aparecer num ou outro bom filme de pequeno/médio porte com alguma qualidade. Com isto quero dizer que já conheço o Elijah Wood desde o The Good Son onde, ainda extremamente imberbe, se juntou a Macaulay Culkin (ainda antes do Sozinho em Casa) para fazer um filme com bastante qualidade, especialmente se tivermos em conta que ambos os personagens principais ainda mal tinham idade para atar as botas! Desde então Elijah foi sempre aparecendo aqui e acolá em filmes como Ash Wednesday com e de Edward Burns, ou Chain of Fools e rapidamente se tornou num daqueles actores que toda a gente num jantar sabia quem era mas não sabiam o nome, excepção feita à minha pessoa, claro.
Agora, eu não estou a dizer que Elijah Wood é um actor brilhante. Aliás, agora que penso no assunto, os personagens dele acabam sempre por ter o mesmo registo. Ele será sempre o gajo que começa a história como sendo todo totó/panhonha e, à medida que a narrativa avança, se torna mais corajoso/divertido, etc. Não é essa aquela que acho que seja a sua mais valia.
O que para mim é de valor neste gajo é que ele acaba sempre por estar envolvido em bons projectos. Poderá ser um excelente trabalho do seu agente mas talvez não seja, nisto dou-lhe o benefício da dúvida.
Mas o que é certo é que Elijah fugiu à prisão que a famigerada trilogia podia ter-lhe criado e continuou com a sua carreira e participou em bons filmes como o Sin City, Eternal Sunshine of the Spotless Mind, Hooligans e agora este, Everything is Illuminated.
Não vou revelar nada da história ou do filme, eu só sabia que era baseado num livro. Não me parece que vocês também precisem de mais. O que vos digo é que o filme é bonito, tanto a nível de história como de imagem e foi uma daquelas alegres surpresas que eu tanto procuro.
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