sábado, julho 08, 2023

Are You There God? It's Me, Margaret.


Este filme, esta história, está longe de ser para mim. Nem sequer é para as actuais pré-adolescentes, parece-me. Foi uma história para jovens moçoilas, até ao período (no pun intended) em que passou a haver Internet.

Os jovens passavam por uma fase esquisita em que sofriam alterações físicas e não sabiam que se passava. Os jovens ainda têm estas experiências, atenção. A diferença é que basta pesquisar um bocado na net e cedo encontram pornografia.

Chegando a esta fase, deixa de haver grandes dúvidas, e os problemas passam a ser outros.

sexta-feira, julho 07, 2023

The Out-Laws


Juntar a troupe do Workaholics com a produtora do Adam Sandler é uma ideia... Interessante, vá. Se bem que não estavam todos do Workaholics. Faltou o Anders. Deve andar a fazer algo de muito import... ahahahahahahaha

Este filme é muito parvo. Mais do que fazia parecer. Contudo, confesso que achei a cena no cemitério hilariante. Valeu a pena por isso. E a conversa da orgia também, é verdade. Dois momentos bem divertidos em hora e meia de filme. Não está mau.

quinta-feira, julho 06, 2023

Happy Death Day


Groundhog Day, mas a moça é assassinada no dia de aniversário. Só morreu 16 ou 17 vezes. Não foi o chorrilho pelo qual passou o Murray. Se bem que Murray não morreu todos os dias.

Tem alguns momentos bem engraçados. E a premissa está fixe. Não a da repetição, embora eu aprecie o famigerado gimmick. Refiro-me à moça ter a oportunidade de resolver a sua morte, de ir percebendo quem é (ou não é) o assassino, em cada iteração. Achei piada.

O final estava a irritar-me imenso, porque não fazia sentido algum. Mas lá resolveram. Também convenhamos que não podemos esperar muita lógica dum dia que se repete vezes e vezes sem conta, sem grande justificação.

domingo, julho 02, 2023

Fast X


Oh raios, isto é a primeira parte? Quer dizer, sim, eu sei que é o 10.° filme. Tive um bom professor a ensinar-me numeração Romana. Calma! Não sabia era que terminava em To Be Continued.

Sendo que a acção nestes filmes continua épica, começo a ter alguns problemas com as cenas que não são de acção. Todo o momento na ponte, no Rio de Janeiro, foi miserável. Tinham armas apontadas ao Momoa. Ele ficou sem a refém. Era só dar-lhe um tiro. Tudo terminava ali. Quer dizer, mais ou menos. Os mercenários continuavam a ter o dinheiro do lado deles, com ordens para matar Dom e família, suponho. Mesmo assim. Ficavam sem o «chefe». Sempre ajudava.

Visto que vou ver mais uma parte (pelo menos), não vou alongar-me. Ficam apenas três notas simples.

1. Vi um recap antes do filme e fiquei logo saturado. Aconteceu taaaaaanta coisa até chegarmos a este X. É absurdo.

2. A forma ligeira como uma criança disparou mísseis e matou uns quantos mercenários, nos seus carros, fez-me alguma confusão. O miúdo não destruiu apenas veículos. Matou pessoas. Não é assim tão simples.

3. Este nem devia ser o ponto 3. É um 2.1 ou 2.2, na verdade. Família. Estão sempre a falar nisso e tem sido a base do personagem de Dom. Ainda mais nos últimos filmes. Mas... Então e as famílias que eles destróiem, enquanto andam com os carros em alta velocidade, a criar constantes acidentes? Na autoestrada Portuguesa não foram só carros de mercenários que iam explodindo, convenhamos.

Bem, estes filmes não são para ser levados a sério. Interessa é ver explosões e o Dom a desafiar todas e quaisquer leis da física, equipado «apenas» com um Mustang. Isso sim é que interessa. É o que estes F&F fazem melhor. Venha daí o XI. Mal posso esperar.

sábado, julho 01, 2023

Somewhere in Queens


Não começou mal, este exercício de realização do cómico Ray Romano. É verdade, de «toda a gente gosta dele», decidiu agora saltar para «toda a gente é-lhe indiferente». Porque por muito que não tenha começado mal, ninguém vai fazer grandes referências a este filme no futuro. E quando digo «futuro» falo de mais à frente no ano.

Começo interessante, um meio que perdeu-me, e um final que surpreende um bocadinho. É isto. Não é pouco. Simplesmente não o suficiente.

sexta-feira, junho 30, 2023

Action Point


Fizeram um Jackass, mas com história. E eu não sabia!

Knoxville é um avô, que fala à neta de quando teve um parque de diversões. Isto serve apenas de desculpa para continuarem a atirar Knoxville contra um celeiro, acertar-lhe com um jato de água nos tomates, atirá-lo para fora duma rampa a toda a velocidade, fazê-lo saltar do topo duma árvore para fugir dum urso, etc. etc. etc.

E que bela e divertida desculpa é sempre.

Creed III


Já acabou, ou vamos mesmo ter de ver a miúda a lutar?

Confesso que não estava à espera de tanto deste terceiro episódio. Atenção. Não quero ser mal interpretado. O III é mais do mesmo. Herói a ir abaixo. Montagem. Herói vinga-se de forma nobre, provando que continua a ser o melhor do mundo. Fórmula Rocky, mais ou menos. Só que nunca está mal feito, a verdade é essa. Não desilude porque é uma fórmula que funciona. Estamos entretidos durante um par de horas. Logo, é mais que suficiente.

Não é para isso que serve o cinema?

quinta-feira, junho 29, 2023

BlackBerry


Já que estamos numa de filmes biográficos de momentos/empresas marcantes num determinado mercado...

Um BlackBerry tenho a certeza que nunca tive. Cheguei a manusear um e odiei. O teclado não era para uma pessoa com dedos gordos como eu. Numa menagem simples de «olá» teclaria dezenas de vezes nos botões todos ao mesmo tempo. Na altura não percebia o fascínio. Foi inovador, não haja dúvida. Abriu caminho para o iPhone passar-lhes pela direita. Como tudo na vida, o truque é saber quando desistir. Um dos tipos que fundou a empresa soube fazê-lo. Os outros nem por isso.

Este é um dos tais filmes dos tipos do IASiF, de que falei. O Glenn Howerton sabe mesmo ser arrogante e abrasivo.

Air


Este filme não faz sentido algum. É um filme não sobre o Michael Jordan, um jogador que não só foi, provavelmente, o melhor da história do desporto, como revolucionou o basquetebol e o negócio à volta. Não, este filme é sobre a Nike.

Atenção que há mérito. Há uma Nike antes do Jordan, outra depois dele. E são universos diferentes. Logo, há todo o mérito na estratégia da empresa, ao atirar uma data de dinheiro a um rookie. Passou de ter uma pequena porção do negócio, para ter uma das maiores fatias. Chegou mesmo ao ponto de entretanto comprar uma das concorrentes que, à altura, estava acima da Nike. Foi o Jordan que fez a Nike que conhecemos aos dias de hoje. Que não restem dúvidas disso. Mas foi a coragem das pessoas que trabalhavam lá na altura, que fez com que o Jordan escolhesse a Nike.

Claro que maior parte dos espectadores não quer ver um filme sobre um negócio que mudou as regras de tudo. Mesmo que seja realizado pelo Affleck, que volta assim a contracenar com o seu BFF. Ninguém, no seu perfeito juízo, pagaria para ver este filme. E por isso é que também é genial a jogada da Amazon, de ter atirado dinheiro a esta gente toda, para poder fazer um filme sobre uma empresa que arriscou tudo para comprar um projecto dum jogador.

Não sei se alguma vez tive umas Nike. Air Jordan não tive de certeza. Não só não gostava dele, como os meus pais não tinha esse tipo de dinheiro para gastar em sapatilhas. Tive All Star e bem que me lembro o que me lixaram os pés. Como é que alguém jogava basquetebol com All Star, nunca hei de perceber. Converse acho que tive. Não sei. Talvez. É curioso como um gajo até esquece se teve ou não sapatos que, hoje em dia, toda a gente quer ter. O mundo deu umas voltas estranhas, nas últimas décadas.

sábado, junho 24, 2023

Avatar: The Way of Water


Não foi fácil ver este filme. Começámos às 8 da manhã, creio. Vimos hora e meia, durante uma sesta da Madame M. Entretanto acordou e fizemos algumas coisas todos despertos. Quando voltou a dormir conseguimos despachar mais um troço. Isto até à moça graúda dar-lhe a soneira também.

Oito horas e tal depois posso dizer que vimos uma trampa de filme de três horas e pouco. A história é fraquíssima. O desenrolar é parvo demais. Há muitos exemplos, mas tomemos apenas um simples. A base de tudo, na verdade. O exército/organização, que está a minar/destruir o planeta, vê em Jake uma grande ameaça à missão. Ele está a fazer ataques de guerrilha bem sucedidos. Os maus da fita criam clones, do mauzaroco do primeiro e dos seus compinchas, para lidar com esta ameaça. Jake decide fugir com a família. Retira-se de cena para os proteger.

A reacção normal seria: a ameaça foi neutralizada, vamos continuar com a missão. Não. Segundo este filme: 'bora lá estoirar recursos e vidas humanas a caçar um gajo que fugiu com a cauda entre as pernas.

Que.
Parvoíce.

O próximo é daqui a uma data de anos. O Cameron já disse que vai demorar. Espero lembrar-me então que ver este lixo é uma perda de tempo. Porque é. Das grandes. Por muito que sejam projectos lindos de morrer. Que são. Muito. Maravilhosos. Só isso não chega.

sexta-feira, junho 23, 2023

The Perfect Find


Claro! Estes filmes vemos logo que saiem. Não andamos a ver nenhuns, mas assim que sai um raio dum filme destes românticos na Netflix...

Não me custa nada, verdade seja dita. Foi só uma piadola para começar o post. Tenho o maior respeito tanto por Union como por Torres. A segunda então... Jasus! Mad respect. Só que o último terço da história é para lá de clichê. Ciúmes de parte a parte a criar «conflito». Serem apanhados no pior momento, pela pessoa menos desejável. Ela engravidar...

Não, meus queridos. É só falta de imaginação. Não era por aí que deveriam ter ido. Lamento.

quarta-feira, junho 21, 2023

Simulant


Apanhei uma lista qualquer de filmes de ficção científica «subvalorizados». Não sinto que tenha aprendido grande coisa, mas deu-me gozo voltar a ver coisas refundidas, que escapam ao radar de maior parte das pessoas.

A verdade é que tenho pensado nesta coisa da inteligência artificial e andróides. Em como temos cada vez mais máquinas a fazer coisas por nós. Se, por um lado, há potencial para criar uma população inteira de seres artificiais, que poderão trabalhar por nós, por outro lado estaremos apenas a criar uma raça de escravos.

Estaria disposto a tamanha crueldade, apenas para não trabalhar mais na vida? Provavelmente. Muito provavelmente.

Sobre o filme: 1) elenco porreiro para um filme Canadiano; 2) já sabia tudo o que ia acontecer quando listaram as (péssimas) primeiras regras de programação dos simulants; 3) é bonito, mas a realizadora esticou a corda com planos apelativos visualmente, mas que não faziam qualquer sentido no que estava a passar-se; 4) perdeu-se um pouco no final e foi pena.

Prospect


Numa escolha escandalosa (no mínimo) de casting, Pedro Pascal faz de salvador duma criança. Têm de atalhar caminho e defrontar uns meliantes, para que a criança possa ir para um sítio mais seguro.

Eu sei. Onde é que esta gente anda com a cabeça?

Prospect passa-se no espaço e num planeta estranho, mas a base é a mesma da prospecção antiga ao ouro, nos EUA. Eles não sabem mais nada. Continua a filosofia do «faroeste». Tudo é um sítio sem lei, onde homens de reputação duvidosa matam por um pedaço de ouro, ou seja lá qual o material precioso descoberto lá fora.

Meus queridos, isto não é como antigamente. Se há dinheiro em Marte, acreditem que será um conglomerado multinacional qualquer a fazer prospecção. Não serão os mitras desta vida. Se querem fazer um filme de caubóis, façam um western. Não consporquem a ficção científica. Por favor.

terça-feira, junho 20, 2023

Discontinued


Conceito muito interessante.

Toda a gente descobre, ao mesmo tempo, que o mundo é uma simulação. Foi criada por humanos no futuro, para experiências sociológicas. Toda a gente finalmente descobre a verdade, ou são informados da verdade, porque a simulação terminará dentro duma semana.

E aqui reside a verdadeira questão. Sabendo de antemão que o mundo vai terminar, seja de que forma for, que fazer com o último tempo na Terra?

Innerspace


Este filme é ficção científica. Nem tanto pela parte de tornarem microscópica um veículo e um humano (tem sido feito muito em cinema, ultimamente). Mais pelo facto dum tipo que trabalha num supermercado ter dinheiro, não só para ser hipocondríaco, mas também por ir de férias. Ele não ganha para as consultas médicas, quanto mais para cruzeiros!

Micro-Herói deveria ser o nome no título deste post, na verdade. Quando comecei a catalogar o que via, e a escrever muito sem dizer nada, declarei que certos filmes seriam chamados pelo primeiro nome que conheci-lhes. Este filme tanto foi Micro-Herói, que sempre achei que seria Micro Hero em Inglês. Só há pouco tempo descobri que chama-se Innerspace.

Micro-Herói é para mim um filme tão clássico, que chegámos a ter um poster no quarto, eu e o meu irmão. É tão clássico que é o outro filme que o vilão do Commando fez. É tão clássico que foi aqui que terá começado a popular relação de Quaid com Ryan, relação essa que terminou quando ela se enrolou com o Russell Crowe num filme muito, mas muito pior. É tão clássico que não precisa de explicações ou grandes resumos.

Faz parte da minha infância. Faz parte de quem sou. E fico muito contente de ter-me lembrado de o ver novamente.

Agora, alguém explica-me como é que filmes espectaculares destes não estão disponíveis em streaming? Olha, tu, «alguém com dinheiro», 'bora aí criar um serviço de streaming só com estes filmes porreiros, que a malta gosta de encontrar a dar num qualquer canal de TV, num domingo à tarde? Faço um catálogo vencedor na boa, sem grande esforço. Tudo coisas antigas e baratas. É uma ideia vencedora. Não tenhas dúvidas.

sábado, junho 10, 2023

John Wick: Chapter 4


Jonathaaaaaaaaaaaan!

Emoções fortes à parte, foram quase três horas de filme, que duraram quase cinco ou seis. Não que o filme custe a ver. Longe disso. Teve muito mais diálogos e pausas que os outros (demorou meia hora a chegar a primeira cena de acção digna desse nome), mas viu-se muito bem. Não tem nada a ver a demora.

Se tardei a terminar o filme foi por causa da Madame M., que gosta de ter atenção e, pelos vistos, não é grande fã de Keanu Reeves. Estas novas gerações... Se não é um bebé influencer no Tik Tok, não é ninguém.

Tenho alguma dificuldade em despedir-me destes filmes. Começavam a ser repetitivos, é certo. A acção continua interessante e com bastantes cenas divertidas. A parte na rotunda do Arco do Triunfo foi bem fixe. Mas... Custa-me dizer isto, mas acho que neste filme vi o Wick matar o mesmo stuntman umas quatro vezes. Para mais, a cena de «pausa para conversar», seguida de «cena de corredor aos tiros e afins», só para voltar a pausa e mais tiros, pausa e tiros noutro sítio... Há limites para a tolerância de vermos o mesmo cavalheiro a passar sempre pela mesma coisa. E a sobreviver a quedas de dois e três andares.

Sinto que fizeram um filme a mais. Teria dado para concentrar em três e ficaria ligeiramente melhor. Mesmo assim, seria gajo para ver já os quatro de seguida agora, não fosse impossível em termos de tempo (graças às necessidades da Madame M). Venha daí a versão «bailarina» com a Ana de Armas. Quero muito ver isso.

segunda-feira, junho 05, 2023

Fool's Paradise


À custa das pressões impostas pela sociedade, cedemos e acabámos por ver a quase infindável série (tanto em número de episódios como de nome) It's Always Sunny in Philadelphia. A série não está mázita, a verdade é essa. Como tal, 15 temporadas depois, ganhámos alguma afinidade aos personages e aos actores. Aliás, até já tínhamos visto um par de séries com eles, antes do embaço. Para além de que Charlie Day atingiu algum estatuto no reino dos filmes há já algum tempo.

Acontece que ultimamente deparámo-nos com alguns filmes com actores do IASiP. Este então... Day não só interpreta como realiza! Armou-se noutro Charlie famoso, que também não falava, e criou esta história dum pobre coitado, não mudo, mas que não fala por opção, sobre os seu tropeções pela ridícula «povoação» que é Hollywood. O filme é simpático. Nada de grande registo, mas dá para esboçar um sorriso ou outro. De referir, isso sim, o elenco. A brincar a brincar, num filme de curto «estatuto», está uma data de gente com algum nome.

Não é só o público a achar piada a Day. Os colegas de profissão também acham.

domingo, junho 04, 2023

Champions


Outra vez?! Fui enganado outra vez?! Pensava que ia ver um filme fofinho e com piada...

Temos aqui a mesma situação do CODA. Achava eu que estava a ver um filme simpático, a representar bem malta que não costuma ser representada, com respeito e atenção. Pensei que Hollywood se tinha lembrado de contar algo decente e minimamente original.

Afinal é baseado num filme espanhol. Haja santa...

sábado, junho 03, 2023

A Good Person


Florence Pugh é muito boa actriz, mas nem ela consegue safar alguns momentos de profundo constrangimento de guião. O nosso amigo Zach tem talento, mas os seus filmes têm sempre um certo q de excessivamente dramático. Chegam ao ponto de sentir-se o cheiro a azeite que, embora seja agradável, não deixa de ser o que é. Pretensioso. Um pouco. Vá.

É como eu, com a mania que sei escrever coisas.

domingo, maio 28, 2023

I Do... Until I Don't


A Lake Bell começou a escrever este seu filme e terá pensado «qual a cena mais extravagante que quero mesmo fazer?» Uma pessoa realizando o seu próprio filme aproveita para concretizar alguns sonhos e fantasias, não é verdade? Bell, pelos vistos, queria proporcionar um happy ending ao Paul Reiser.

Quem nunca?

Uma realizadora britânica de documentários vai para o estado com maior taxa de divórcio, na busca de casais com péssimas relações. Procura provar a sua teoria que o casamento é uma coisa má. Como se fosse preciso um documentário... Arranja três casais para o efeito e tem a pontaria de acertar naqueles que, apesar dos problemas óbvios que têm, mesmo assim estão para durar.

A realizadora não tem muito jeito.

sábado, maio 27, 2023

Paint


Alguém fumou umas coisas. Ou melhor, alguém comeu umas gomas especiais. Já ninguém fuma, hoje em dia. Ou nem precisa, melhor dizendo. O certo é que alguém tomou umas coisas especiais. Provavelmente em grupo.

Estavam eles e/ou elas nesse estado mágico de pura calma e ideias «brilhantes», a ver um episódio do Bob Ross. De repente alguém terá dito, na brincadeira, que pagaria para ver um filme sobre Ross. Outro alguém aceitou o desafio e não se ficou pela promessa que faz-se em momentos em que não sabemos que dizemos.

Assim aconteceu Paint. Presumo eu que terá sido assim. De que outra forma se concebe um filme destes? Poder-se-á pensar que é uma ideia ridícula, mas não. O ridículo é que nem é mau de todo.

terça-feira, maio 23, 2023

Shazam! Fury of the Gods


Tardou, mas cá está ele. Não fui ver ao cinema. Parece-me que isso é óbvio. Queria ver, por todos os motivos aqui falados, mas houve pouca vontade de fazer o esforço de ver no cinema. Porque seria um esforço. Vi quando saiu agora na HBO Max.

Vamos lá pôr os pontos nos i's. Foi divertido. Que não restem dúvidas. Ver estes filmes do Shazam, não tendo quaisquer expectativas, são divertidos. E até incluo o Black Adam na conversa. São heróis parecidos com os que conhecemos, mas não necessariamente os mesmos, a fazerem tontices e a descobrirem-se. Mais, os Shazam! são uma interpretação de como seria miúdos serem super-heróis. Era, e é, o fascinante deste personagem. Shazam éramos nós, com magia no corpo por proferirmos a palavra mágica. Billy Batson tinha a nossa idade, quando líamos sobre as suas histórias. Podia ser qualquer um de nós. Tudo isso passa no filme. Tenho muito poucas dúvidas que os miúdos gostam destes filmes. E daqui a vinte anos, quando estes miúdos começaram a «mandar no mercado», far-se-á justiça a estes filmes e Levi terá o reconhecimento merecido.

Só que os adultos é que dão o dinheiro agora. E os adultos sabem que esta versão do universo DC está de saída. Dificilmente estes Shazams terão qualquer influência nos próximos «episódios». Até pelo tremendo insucesso do Black Adam. Então porque haveríamos de estar interessados? Porque haveríamos de investir o nosso tempo e dinheiro?

Teve azar. Tiveram azar as pessoas que trabalharam nestes projectos. O timing foi infeliz e estava tudo condenado ao esquecimento. Pelo menos para já. Talvez daqui a 20 anos Levi volte para interpretar o papel. Ou então talvez Gunn aproveite o rapaz em filmes futuros, de alguma forma. Seria merecido. Levi foi um óptimo casting e merece melhor. Fico a torcer por ele.

sábado, maio 20, 2023

The Super Mario Bros. Movie


Tanta polémica só por causa deste filme?

Começou com o casting do Pratt como um canalizador italiano. Na verdade, ser o Pratt ou o meu vizinho é igual. O rapaz tem o seu talento mas não traz nada de especial ao papel. Idem para Charlie Day, que não aparece em mais de metade do filme. Fora isso, e continuando nas vozes, Keegan, Armisen ou até Rogen estão disfarçados. Ou seja, não se identificam à primeira. Isso é bom, pois não «saímos» tanto do filme.

Depois da polémica com Pratt, houve ainda a questão do projecto em si. Acontece que não é a primeira vez que tentam fazer algo com os irmãos canalizadores. A versão dos anos 90 é tenebrosa e, à custa desta nova versão, foram desencantar o Leguizamo para meter mais uns pregos no caixão.

Foi demasiada converseta para nada. Este Movie é divertido e teve o seu sucesso, mas não é nada que vá ficar nos anais da História.

sexta-feira, maio 19, 2023

Prom Pact


Percebo porque alguém possa perguntar qual o motivo para eu ver este filme. Mais: qual o motivo para querer ver este filme.

Simples. Esta moça é a nova Doogie Howser. Há uma nova série, remake da velha série, e a moça foi escolhida para ser a nova Doogie Howser. Nesta iteração é Doogie Kamealoha, mas o princípio é o mesmo. Se a primeira versão deu-nos Neil Patrick Harris, como não achar que a segunda dar-nos-á algo ao nível, ou talvez melhor? Claro que vou ver coisas em que a moça entra. Óbvio!

E quando o resto do mundo aperceber-se, eu vou poder dizer: Eu já sabia.

sábado, maio 13, 2023

Guardians of the Galaxy Vol. 3


Chiça! Este filme... It hits you right in the feels. O tempo todo. São duas horas e tal a tentar conter as lágrimas, mais rir um pouco nos intervalos.

A minha senhora - que é uma querida - ficou com a tomar conta da nova criatura lá de casa, permitindo-me vir ver este terceiro episódio dum dos mais surpreendentes franchises de que há memória. Surpreendente para muita gente. Não para mim. Sei que sou um idiota com a mania, mas este não me tiram. Desde que soube do projecto, soube logo que ia ser giro, que ia ser um projecto vencedor. Não me enganei.

Não posso, nem quero, alongar-me, para não spoilar. Daqui a uns tempos verei o filme outra vez na Disney+, com a minha querida senhora. Isto se a criatura nova deixar, claro. O que posso adiantar é o costume. Não interessa se a última fase é fraca e se os arautos da desgraça andam por aí a gritar o fim do MCU. GotG é sempre giro. Sempre.

On a Wing and a Prayer


Gosto muito de Dennis Quaid. Acho-o óptimo actor. E é aquele gajo pintas que consegue fazer tudo. É um all American hero. Ou, pelo menos, parece. Se fosse jovem nos dias de hoje, seria um super-herói nos filmes da Marvel. Se estivesse nos 40 seria um Joker porreiro. Mais que não seja poupava maquilhagem à produção, porque ele já tem um sorriso muito adequado ao personagem. Agora...

Que raios está o homem a fazer neste filme? A Heather Graham percebo, infelizmente. Também gosto da moça, mas a carreira foi por água abaixo há muito. Este filme é amuhrica ao seu mais alto nível. Underdog. Família. Churrasco. Competições estúpidas. Religião. Suplantar as expectativas e os limites. Sim, foi um grande feito. Um tipo sem experiência aterrou um avião numa emergência. É de louvar. Muita gente não o conseguiria. De certa forma, sim, foi um «milagre». Daí a precisar dum filme com demasiados momentos à Armageddon, com montages em câmara lenta e uma bandeira americana no fundo, ao sabor do vento... Não, não era preciso. Tornou o filme super divertido, é certo, mas não creio ter sido intencional ser tão disparatado.

De qualquer forma, foi uma boa maneira de começar o sábado. E acredito que será o melhor filme que verei este fim-de-semana.

sexta-feira, maio 12, 2023

Mafia Mamma


A Toni Collette é uma mãe galinha, deprimida, a sofrer com o «ninho vazio», depois do filho ir para a faculdade. Tem ainda um marido-criança, que descobre estar a traí-la. Entretanto morre-lhe o avô italiano, que mal conhece, e que afinal é um líder mafioso. Este deixa-a no comando da «família», que por acaso encontra-se em guerra com outras famílias mafiosas.

Já vimos esta premissa algumas vezes. O/A totó que descobre ser mais do que pensava ser, que tem mais capacidades do que imaginava. Que chega-se à frente para fazer coisas que nunca imaginou fazer. Mafia Mamma tem isso tudo. Só que é pouco. Então acaba por inventar. Não inventa coisas fixes. Inventa umas bem parvas. Como Collette precisar apenas de três meses para tornar bom um vinho reles, sem saber nada de vinicultura.

Quando se diz que certo ano foi bom para determinado vinho... Não é por acaso, Hollywood!

domingo, maio 07, 2023

Beautiful Disaster


Nunca vi um filme com um título mais adequado. O filme anterior neste blogue chama-se Renfield, porque o personagem principal é o Renfield. Mesmo assim, não é tão adequado como este. Porquê?

Porque Beautiful Disaster é um belíssimo desastre cinematográfico. É mau que dói. Não sendo surpresa, não esperava ter gostado tanto. Foi tão bom, de tão mau que foi. Adoro estes filmes.

sábado, maio 06, 2023

Renfield


Belíssimo conceito. É um ideia porreira, na qual basearam uma história. Talvez um pouco longa demais, diria. Talvez não desse para tanto. Talvez tenha sido só um bom pormenor. Talvez. A História o dirá.

O certo é que considerar o Renfield como alguém numa relação tóxica, co-dependente, e que procura ajuda num grupo de apoio, cheio de outros co-dependentes que não fazem ideia para quem «trabalha», é genial. De facto.

sexta-feira, maio 05, 2023

Dungeons & Dragons: Honor Among Thieves


Teve mais dragões do que estava à espera. Não teve assim tantas masmorras. E surpreendeu-me ter tantas músicas cantadas pelo elenco principal. Entenda-se: muito mal. Os actores têm piada, mas o talento não é assim tão diversificado.

Este filme foi o meu Guardians of the Galaxy de 2023. Mesmo princípio. Vi o trailer e fiquei em pontas. Alguns minutos de muito humor, música fixe e acção cinco estrelas. Antevia-se um belíssimo visionamento cinematográfico. As comparações com GotG não terminam no trailer ou na expectativa que criou (e não defraudou). A equipa, alguns personagens, mesmo algumas cenas, são colados a cuspo ao famigerado filme no espaço, assim como a outros «episódios» do MCU. Continua sem estar ao nível, atenção. Não foi nem será a última tentativa de repetir a fórmula, sem sucesso. Porque por muito divertido que tenha sido, a verdade é que maior parte das melhores cenas estão no trailer. E GotG não foi apenas um grande trailer. D&D também não é só um bom trailer. É um franchise com pernas para andar, sendo que ficarei muito contente se tiver sequelas. Só não atingiu o patamar do outro.

De pouco interessa. D&D tem como objectivo entreter. Esse papel cumpre na perfeição.