domingo, maio 24, 2020

X-Men: Apocalypse


Singer era dono e senhor do franchise X-Men, depois do sucesso de Days of Future Past. Parecia impossível a Disney recuperar estes valiosos pertences, que a Marvel vendeu em desespero à Fox, na década de 90. Mas é aqui, em Apocalypse, que começa o novo fim deste universo X-Men.

Singer esteve sempre presente, mas no reboot a Fox foi buscar sangue novo. À partida estaria construída uma equipa de sucesso. Singer e os seus compinchas com a experiência e ligações ao passado. Vaughn com malta nova e ideias inovadoras, prontos para sair do buraco. A coisa funcionou em First Class, para benefício do passado em detrimento do presente/possibilidade de futuro. Singer pega nas rédeas e oficializa o reboot completo do universo. Pode fazer o que quiser. Pode fazer o que queria ter feito antes: venha de lá o Apocalypse.

Singer traz o vilão que tentou, anos antes. E consegue fazer algo que ninguém imaginaria que demorasse seis filmes: destruiu a X-Mansion. Ainda para mais com mais uma cena genial com o Quicksilver (embora a sua velocidade aqui esteja demasiado exagerada). A destruição deste edifício é uma tradição nas histórias dos X-Men. Tudo o que é escritor e o seu respectivo vilão mandaram abaixo as paredes e, quase, a esperança das várias equipas de mutantes que por lá habitavam. Às vezes com consequências nefastas, mas maior parte das vezes culminando apenas num livro em que a pandilha vai-se divertindo a reconstruir o edifício.

Apocalypse até tem um pormenor giro, que já não me lembrava. Neste universo é Jean a libertar Wolverine da instalação que o tornou Weapon X, explicando um pouco a ligação entre os dois. Claro que depois pensamos no primeiro encontro dos personagens, no primeiro filme, em que ela não se lembra dele, e tudo passa a ser só estúpido.

O problema é que o vilão foi mal desenhado. A trama não foi bem explicada. E os Cavaleiros... Quais foram os papéis dos outros Cavaleiros, exactamente? Quem era o Pestilência? Ou o Guerra? Que vantagens houve para ambas as partes? Para o Magneto ainda foram a Auschwitz e o tio Nur deu-lhe um capacete. Também deu umas asas ao Angel (que mal as usou) e pintou o cabelo de branco à Storm. À Psylocke nem deu nada. Coitada. Tirando o Magneto, nenhum dos outros três teve particular relevância nos planos. Foi tudo um desperdício.

Uma coisa tenho a dizer, no entanto. A equipa Apocalypse era mais diversificada que a dos X-Men. «Team X» era só pessoal a precisar de muito protector solar, para andar pelo Egipto.

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