segunda-feira, maio 18, 2020

Omaret Yakobean


You're like an open TV, with a disturbing series.

Esta foi assim a diferença cultural que saltou à vista, no imediato. Alguém diz isto e só pensava «este pessoal é mesmo mais de TV, não tanto de livros». O que é irónico, porque o filme é baseado num livro. E nota-se. Pois apesar de ser um filme longo, é notório que havia mais história por contar. Há alguns saltos narrativos, onde personagens decidem-se por coisas, só porque sim. Imagino que o livro teria pelo menos um parágrafo a justificar.

Omaret Yakobean será - imagino que para sempre - o último exemplo de DVD que me ofereceram, que demorei horrores a ver. Gostaria que fosse o último de sempre porque aprendi com a minha lição e deixarei de ser um idiota. Mas todos sabemos que apenas será o último porque ninguém oferece DVD hoje em dia.

Recebi o filme e o livro há mais de dez anos, por um amigo vindo de ex-relações que, na altura, trabalhava no Egipto. Houve mesmo uma altura em que conheci gente a trabalhar e viver em quase todos os Continentes. Não será impressionante para ninguém, nos tempos que correm, mas é um dado que continua a fascinar-me. Não me esqueço de onde vim, de como era e sou. Nunca pensei conhecer gente tão dispersa por um mundo que, por muito que pareça cada vez menos, é bastante grande. Um pequeno grande penico, vá.

O filme não é mau, já agora. Só um pouco despachado.

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