Dois pormenores estão claramente em desfavor deste filme:
1.º O casting. Eu e pouco mais de duas dúzias de pessoas lemos o livro - certamente não foram muito mais, no mundo todo - e acredito perfeitamente que nenhum de nós tivesse o Tom Hanks em mente quando imaginávamos o Langdon. O personagem do Ian McKellen imaginava-o mais novo só que isso considero ser uma falha de leitura minha. Mas o Silas, interpretado pelo Paul Bettany parece-me profundamente errado. Já a moçoila era a única em quem tinha uma actriz em mente e não era a Amélie Poulain, mas sim a Marion Cotillard. O Jean Reno acaba por ser o único que se safa. Em relação ao personagem do Alfred Molina não tenho opinião.
2.º Livros extensos com pormenores em catadupa acabam sempre por ser péssimas adaptações cinematográficas. Vejam mesmo o Senhor dos Anéis que foi feito em três longuíssimas levas. Chegámos ao final do terceiro e toda a gente estrabuchou com a falta de alguma coisa. Isto num filme com quase três horas!! Em The Da Vinci Code tal também sucede. Para mim, por exemplo, a cena inicial do Louvre parecia ser quase um terço do livro. No filme dura uns cinco minutos!
Este tipo de filmes acabam sempre por desiludir o espectador que antes tinha sido leitor.
Outro pormenor importante é que Ron Howard dá-lhe um toque de fantasia, quase fazendo crer que o Langdon é uma espécie de super-herói, com todos os efeitos especiais que meteu para demonstrar as capacidades analíticas do personagem principal. Isso e aquela cena final... às tantas já estava à espera que o «Santo Graal» se levanta-se e metesse uma mão em cima do ombro do Tom e dissesse: «Parabéns meu filho, descobriste-me. Agora vamos lá limpar a lixeira que o Homem fez na Terra.»
4 comentários:
ainda nao li o livro
estava com medo de ler o post por puderes contar o fim
ainda bem que nao o fizeste!
abraco e viva o eng
Achas que sim?! Contaria agora assim pormenores sem mais nem menos?!?!
Por quem me tomas?
Não sou como certas pessoas e caixas que contêm coisas em filmes com títulos com números.
Uma coisa te digo: fica-te pelo livro. Ganhas mais com isso.
PS - O gajo morre no fim.
quem devia ter morrido no fim era o Ron Howard...
Nem mais.
Ouve lá, quem é que disse a este gajo que ele devia ser realizador? Acho que ainda não vi um filme decente dele!
Porque é que ele não se tornou simplesmente num actor falhado a fazer cenas do Happy Days e a responder a perguntas sobre o Fonzie em centros comerciais?!
O Caetano é que deve adorar o gajo só porque ele fez o Far and Away.
PS - Ok, dou-lhe o Splash a Sereia e o EdTV.
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