segunda-feira, julho 20, 2009

He's Just Not That Into You

IMDb | Sítio Oficial

A peça que faltava no puzzle: porque é que as mulheres gostam de idiotas?
Também porque, quando somos pequenos, a maneira que imberbes moçoilos têm para mostrar afecto é tratando mal as meninas. Chamamos-lhes nomes. Gozamos com elas. Somos fisicamente abusivos. Não faço ideia do porquê disto. Sei que também o fiz. Haverá uma qualquer teoria. Juro que não sei qual é. Suponho que tenha a ver com sentimentos novos e estranhos e não saber como lidar, logo recorremos a violência. Não sei. Também não sei porque é que, mais tarde, voltamos a não saber demonstrá-lo. Hoje em dia tornamo-nos em completos idiotas à mesma, mas duma forma diferente, tentando impressioná-las de formas ridículas. O que é certo é que a primeira vez que miúdas são confrontadas com sentimentos dum rapaz, é duma forma agressiva. E isso fica. Duma maneira primária, é assim que as mulheres «percebem» quando um homem gosta delas: quando são mal tratadas.
Cá está!

O filme... é um pouco uma versão do Love Actually, mas não tão mágico.
Uma data de casais. Algumas ligações entre eles. Vários estados de relação. Início, meio e, infelizmente, fim.
Gostei muito do casal Ginnifer Goodwin/Justin Long. Gostei da interacção dos dois e da inversão de papéis, à medida que a relação foi evoluindo. Curto o gajo e acho muita piada à Ginnifer. São uns underdogs da representação. Foram crescendo, com papéis aqui e ali, sempre atrás duma qualquer estrela. E dá-me gozo porque fui vendo-os mais ou menos desde o início.
Estava a gostar também do casal Ben Affleck/Jennifer Aniston, mas depois estragaram tudo com o final. Era o casal que desmistificava a cena ridícula da obrigação do casamento. Porque era um casal que se amava, claramente, só que o Ben não queria casar. E estavam a provar que não é por casar que se gosta. Até que no final...
O trio Jennifer Connelly/Bradley Cooper/Scarlett Johansson teve momentos muito fixes. Especialmente quando a Jennifer finalmente decide mandar o Bradley ir cagar na mata. Só que irritou-me o esterótipo de que o homem é um filho-da-puta e lixa-se no final.
A cena do Kevin Conolly estava a fazer-me confusão porque revi-me demasiado no palerma.
E a Drew Barrymore andava lá pelo meio, só porque produziu o filme.

Para finalizar, um pormenor ridículo com Bradley Cooper:
Há pouco tempo li algures que Bradley tornou-se famoso com o Hangover. Isto é, e não é verdade. Já o conheço há algum tempo. Ele já aí anda há bastante. Terá chegado ao estatuto de super-estrela internacional com o Hangover? Talvez. Foi subindo, claro. Acho que a grande cena dele terá sido o Alias. Depois foi-se metendo em filmes, aqui e ali, sempre com o mesmo registo, dando o salto para a tela grande. Wedding Crashers, Failure to Launch. Lembro-me dele no Yes Man, se bem que só tem um ano, este filme, e só o vi há pouco tempo. Parece-me a mim que Bradley atingiu sim o estatuto de super-estrela quando conseguiu, neste filme, fazer aquilo que milhões de homens, espalhados pelo mundo todo, querem fazer desde o Lost in Translation:













Se algum dia tiver a oportunidade de falar com o cavalheiro, vou-lhe perguntar como eram. E aposto que vai dizer: «They're real, and they're spectacular!»

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