Tinha um toque muito adolescente no início - não fosse passado no liceu! - mas cedo passou a ser mais alguma coisa.
A parte mais leve:
Pensar no liceu... que coisa esquisita. O pensar que escorregar e cair com a tromba no chão enquanto transportas um tabuleiro com comida poderá influenciar toda a tua vida estudantil.
Sei que hoje em dia a coisa já não é tanto assim. A onda emo de estar a cagar-se para tudo criou algumas imunidades, mas não venham com conversas, até haver confiança para isso ainda há muito pensar em o que vestir, o que dizer e o verificar no espelho meia dúzia de vezes antes de sair de casa. Não quero saber o quão atraentes, populares ou interessantes eram, aos 15 anos toda a gente é insegura. Especialmente em primeiros anos em escolas novas. Ser caloiro! eeeeeeerrrgghhh Que arrepio.
A minha passagem por estes «traumáticos» anos nem foi muito má. Não me posso queixar. Tive amigos em todos os grupos - sou daqueles que dá-se bem com toda a gente - e tenho mais boas memórias que más. Só que pensar nas motivações sociais... não é isto que quero dizer. Pensar nas coisas que eram importantes naquela altura... dá-me cabo do cérebro.
A parte mais pesada:
Kristen Stewart chega ao liceu com reputação de ser uma chiba. No final do ano anterior ligou para a polícia quando estava numa festa em casa de alguém. Ninguém percebeu o porquê disto e ninguém quis saber, mas como é óbvio não foi a coisa mais bem aceite por adolescentes irritantes (fui algo redundante agora). O problema é que Kristen tinha um bom motivo para o fazer. Tinha acabado de ser violada.
Kristen precisou do ano de caloira para lidar com a situação. No meio de adapatações. No meio de perder amigos. No meio de fazer novos. No meio de descobrir novos interesses e de ser inspirada a crescer, em vez de ser forçada. No meio dum dos períodos mais conturbados da vida de uma pessoa, Kristen precisou do ano para falar.
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