quinta-feira, dezembro 29, 2022

Drop Zone


Dois filmes de 100 minutos, com um actor popular de acção de então, guitarradas na banda sonora, um vilão de cabelo oxigenado, e um mesmo gimmick qualquer da moda. Ambos saíram em 94, com três meses de diferença. Então terá sido a primeira instância em que reparei num dos grandes fenómenos de Hollywood: dois filmes iguais, de estúdios diferentes.

Acontece montes de vezes. Um estúdio tem uma ideia. Outro sabe dela e copia. Ou um estúdio tem sucesso com um filme específico e todos os outros fazem as suas versões. Ou, pior, há um qualquer caso mais mediático, ou uma moda que pega durante um bocadinho, e lá vão eles a correr aproveitar a onda. É aqui que se nota a falta de originalidade desta gente. Nos anos 90 houve muitos filmes sobre desportos radicais. E quase todos foram «excelentes», claro.

Drop Zone foi qualquer coisa. Tinha o Terminal mais presente. Este foi um chorrilho de disparates e exageros praticamente desde o primeiro segundo. Atenção que no Terminal há uma ameaça de nova Guerra Fria, impedida pelas acções do Charlie Sheen, um paraquedista de profissão. Mas, mesmo assim, estou a dizer que Drop Zone, onde Snipes é um US Marshall que anda atrás dum gangue de paraquedistas hackers que mataram o seu irmão, é mais exagerado.

No meio de mais tontices do que consigo enumerar, o que chocou-me é que Snipes não luta nada de especial. Tinha ideia dele ser bom nas cenas de porrada, mas afinal não. Fui um adolescente com percepções demasiado limitadas. Mais do que pensava.

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