A colagem deste filme é patética.
Quando digo colagem refiro-me aos bocados que «colam» a história principal. Pondo a coisa de outra maneira: analisando friamente, uma história principal dura pouco tempo. Tendo em conta que os filmes, em média, têm 1h40, uma história principal ocupará dois terços. O resto são relações amorosas, flashbacks, momentos de tensão, relações curiosas, planos de fundo, etc.
Aqui temos a história de dois putos ricos com a mania que podem fazer tudo e, a colar, a vida da Sandra Bullock que tende a ser das mais desinteressantes e irritantes que podem encontrar na sétima arte.
Ora vejamos, Sandra é uma polícia, muito dona de si e muito masculina, como não poderia deixar de ser numa profissão maioritariamente repleta de homens. Pelo meio, é extremamente sexual e vai para a cama com qualquer parceiro que tem, só para depois empurrá-los para fora da sua vida. Tornou-se polícia pois queria esquecer o seu passado de esposa abusada e quase morta pelo marido que está para sair da prisão, por essa tentativa de homicídio. Muito durona mas que chora quando alguém diz o nome do ex-marido.
Pois bem, é o que parece à partida, uma valente seca!
Já a história principal também não é exactamente o que é vendido no trailer. Dá a impressão que estamos a falar de dois jovens génios criminosos e afinal são só dois idiotas com demasiado tempo livre, que cedem à mais fatela táctica de interrogação.
- O teu amiguinho está na outra sala a revelar tudo, neste exacto momento.
- Oh meu dEUS, não!... Quer dizer... koff koff... Mas não há nada para revelar, senhor polícia.
Pus-me a ver este filme por dois cavalheiros. Ben Chaplin e Ryan Gosling.
O primeiro está demasiado certinho, demasiado irritante.
O segundo está demasiado novo.
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