sábado, março 18, 2023

Missing


Não é a primeira vez que vejo fazerem algo deste género. Terá começado antes, por certo, mas a primeira grande experiência com sucesso terá sido o Cloverfield onde, supostamente, toda a acção era filmada de forma amadora. Câmaras pessoais, telemóveis, câmaras de segurança, etc. A ideia é ser possível recriar uma qualquer situação, tendo apenas por base filmagens soltas de aparelhos vários, espalhados por vários sítios. Ao mesmo tempo, ou algum depois, surgiu o Chronicle. E há ainda um episódio de Modern Family. Bem fixe, por sinal. Claire está no aeroporto e vai falando com a família pelo Mac, seja com Facetime ou outro. Por fim e mais recente, há ainda outro filme de pessoas desaparecidas, o Searching, em que um pai procura a filha desaparecida. Missing é a mesma coisa deste último. Uma mãe procura a filha desaparecida. Acompanhamos a história através do ecrã do seu computador. Tudo o que faz, tudo onde clica, seguimos assim a sua investigação, o desenrolar e toda a acção e as surpresas.

Agora, sendo giro e interessante, o que não percebo é porque Searching teve menos atenção que Missing. São exactamente o mesmo filme, por muito que com personagens e intervenientes diferentes. Ambos são emocionantes, no sentido em que ficamos agarrados facilmente. Queremos saber o que se passa e como vai acabar. Isso é bom. Se pararmos para pensar, há milhentos buracos. E não é preciso ir longe. A miúda usa o computador pessoal para entrar na conta Google da mãe. É impossível entrar num novo dispositivo sem dupla validação no telemóvel. Logo aí cai tudo por terra. Mas não é essa parte que interessa. O filme é giro e cumpre a sua missão. Não precisa de mais nada. Traz mais à cena do que Searching? Não sei. É ver qualquer um dos dois, que a essência do processo está lá.

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