A Disney tem andado a dar alguns tiros no pé. Se bem que estes não são por inépcia ou incompetência. É mais por estarem a tentar trilhar caminhos desconhecidos, tomando as naturais más decisões, volta e meia.
Strange World é um belíssimo filme de animação. Dos melhores dos últimos tempos. Tem coração, muita aventura, uma boa história e óptimo desenrolar desta. Não foi louvado o suficiente. Não é conhecido o suficiente. Porque não foi para cinema. Não por muito tempo, pelo menos. Acho. Não tenho a certeza se foi ou não, mas é a ideia que tenho. O certo é que não houve pompa nem circunstância. A Disney decidiu lançar rapidamente o filme na sua muito bem sucedida plataforma de streaming. Sem grandes alaridos ou publicidade. Sem o marketing que seria necessário para um lançamento cinematográfico, para um sucesso cinematográfico. Confiaram que seria suficiente. Ainda não estamos lá. Ainda não é perfeita a forma como consumimos, como vemos, como reagimos ao streaming.
Ou então é ainda pior. Talvez sejamos um público demasiado habituado a franchises, sequelas e reboots do que conhecemos. Sim, queixamo-nos que não há nada original, mas quando queremos conforto refugiamo-nos no que conhecemos. Strange World é demasiado original para isso. Embora eu tenha reconhecido algumas coisas no filme, a parecerem séries que vi em miúdo. As Era uma Vez... Mas eu sou velho e começo a não contar como público alvo. Ou seja, para quem conta, o filme foi muito original. Talvez demasiado.
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