sábado, fevereiro 09, 2019

Vice


Ver este tipo de coisas é muito deprimente. A maneira como é mostrada a coisa dá a entender que era possível fazer melhor. Não foi por falta de aviso ou de sinais. Acontece que quem estava no poder queria que assim fosse. E enquanto houver pessoas deste calibre no poder, com a capacidade de enganar o povo, continuaremos neste marasmo assustador, em que palermas de bronze falso fazem o que lhes dá na telha, sem qualquer consequência.

Estou longe de ser o melhor gajo para andar a passar mensagens políticas. Nem é muito assunto deste blogue. Verbalizei o que me ia na alma. Sobre o filme não há muito a dizer, quando tanto talento abunda, numa equipa que já tinha dado cartas antes, seria complicado fazer algo que não fosse bom. Surpreende-me o acesso à informação, e como é permitido que o filme seja feito. A mensagem que eles passam é de loucos. Que afinal quem tomou as decisões e quem era o verdadeiro líder foi o vice, e não o presidente. Não choca, porque todos sabemos o palerma que é o presidente de então. Mas é permitido fazer este tipo de insinuações? Para os visados é uma situação pacífica? O filme é bastante claro: o vice entrou numa guerra porque lhe interessava a ele e à empresa que lhe dá dinheiro. Muitos soldados morreram e estão a morrer, todos os dias, por este interesse. Ele cria uma rede de notícias para que estas sejam dadas sob interesses superiores. Não há consequências? O povo continua a deixar-se levar?

Como dizia: deprimente.

Mas dêem lá o Óscar ao Bale. O rapaz merece. E lá fará um daqueles discursos a chamar a atenção para os factos, só para aparecer nas notícias no próprio dia, e ser esquecido de pronto.

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