sexta-feira, outubro 28, 2011

Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 2

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O fim chegou. Finalmente. Outra vez.
Para quem é sensível a estas coisas, aviso já que tenciono falar de fins e afins. Não é spoilers. É provável que conte mesmo tudo. A ver onde o texto me leva.

Comecemos pelo início. Acho que faz sentido. Estava completamente perdido. Como estive sempre entre filmes. Onde é que eles estavam? Como foram ali parar? E meter um previously, é pedir assim tanto?! Meia hora dentro e decidi ignorar o passado e ficar-me pelo presente. Tenho ideia que muita coisa foi aldrabada aqui pelo meio. Tanto melhor. Se tinha dito que a primeira parte era uma seca, esta segunda é dada à acção. Desde voos em dragões, a destruir metade dos telhados de Londres, até batalhas campanhas em terreno escolar, esta última etapa duma demasiado longa história dum miúdo pateta com uma cicatriz tem um pouco de tudo. Nem tudo foi mau, entenda-se. Gostei sempre das versões mágicas de coisas reais, como os jelly beans, por exemplo. E há personagens muito bons. O desenvolvimento do Snape de mau para bom para mau para bom está muito bem conseguido. Os seus motivos, que descobrem-se no final, são perfeitos e justificam tudo para trás. Ninguém convencer-me-á que foi com intenção, mas foi um mui inteligente feliz acaso. Gosto também de personagens como a Luna ou o Neville, que no final torna-se herói. O Sirius foi fixe e até final estava convencido/esperançoso que voltasse. (...) E já chega. Pensei que houvesse mais, mas seria esticar a corda. Talvez a Bellatrix e a que previa coisas. A interpretada por Emma Thompson. Na tela tornaram-se personagens interessantes, suponho que à custa de boas actrizes. Aliás, tirando os miúdos, estes filmes têm um chorrilho de talento representativo. Toda a nata de actores britânicos veio aqui parar. O Ralph então é o maior. Já o final em si... confesso que quando li o livro adorei a ideia do Potter morrer. Muito se falou e andou tudo doido e revoltado. Não sei porque não se poderia matar o palerma. Um favor seria para a humanidade literária. Em filme as cenas finais foram menos confusas, especialmente a morte, mas foi dado um protagonismo muito maior ao palerma. Não tinha ficado com aquela impressão duma batalha tão empolgante com o Voldemort, no final. Aliás, nem tinha percebido que o palerma é que o matou, mas ok. No total, como já disse demasiadas vezes, a partir do terceiro filme, tornaram-se coisas muito bonitas de se ver. Ajudará em muito vê-los de seguida (se bem que acredito que nem assim se apanhe tudo), mas duvido que alguém consiga sofrer durante tanto tempo. O penúltimo então é longo de morrer. Eu que adoro embaços não conseguiria.

Apercebi-me foi duma coisa que não tinha pensado aquando dos livros: a vida dos três patetas ficou completamente destruída. É que eles não acabaram os estudos. Tudo bem que os vemos no final, 19(!) anos depois, com os miúdos e tudo mais. Mas, se calhar, estão todos a trabalhar nas obras. A miúda será empregada de limpeza, certamente. Não que haja algo de errado com isso, atenção. Só que tendo abandonado o secundário antes de terminarem, para irem lá derrotar o outro do nome complicado, dificilmente terão arranjado profissões condizentes. Sem estudos, toda a gente sabe que não se vai a lado nenhum. Mesmo em mundos mágicos.

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