quarta-feira, janeiro 04, 2023

Star Wars: Episode IX - The Rise of Skywalker


Babu Frick é o maior! Não literalmente. Quer dizer, não sei como é o resto do seu povo. Será Babu uma viga entre os conterrâneos? Será o poste ou o base, duma equipa de cinco de basquetebol? Ou estará simplesmente dentro da média de altura no seu planeta? Tudo questões que deveriam ter sido aprofundadas neste filme. Mais uma vez é a Disney e o Abrams a não respeitarem os desejos e interesses do público.

Piadas à parte, o filme continua a ser divertido de se ver. Para mim. Acontece que agora, sem a excitação da novidade, sempre que houve uma paragem na acção desenfreada, viam-se as rachas. Viam-se as falhas na narrativa, no desenvolvimento dos personagens e na falta dele noutros, neste projecto de fazer algo com a saga Skywalker. Talvez o problema tenha sido mesmo esse. Que fazer com uma saga fechada, mas que toda a gente quer ver mais? Eles bem que tentaram fechar a coisa. E admito que era uma tarefa quase impossível, de terminar a história de todos os personagens que gostamos de forma a agradar toda a gente. Mas ter a Leia a sobreviver a la Mary Poppins, só para depois deitar-se e desaparecer... Ter o Luke a não querer ir para a guerra, só para depois fazer um sacrifício no final, que seria evitável se tem aparecido antes. Ter o R2D2 encostado só porque há um droid mais giro e rentável...

OK, esqueçamos a forma. É verdade, a morte de qualquer um destes personagens seria sempre custosa de ver. Mesmo se lhes dessem um final feliz de morrerem de velhice numa quinta, rodeados de família e animais, seria penoso. Consideremos apenas o legado. O sacrifício que estes personagens fizeram para que a Galáxia fosse um sítio melhor. Foi o que disse no último post. Entrámos nesta trilogia como se o que aconteceu na trilogia original não tivesse acontecido. Acedo que não é com uma batalha que se ganha a guerra, mas foi o que nos foi vendido em Return. No entanto, o Imperador passou a ser o Supreme Leader e o Império passou a ser a New Order. E os rebeldes continuaram a ser um pequeno bando de «pobres e mal amados». Sei que uma revolulção demora o seu tempo, mas nada mudar duma trilogia para a outra pareceu simplesmente incapacidade em conseguir criar algo novo.

Felizmente o que temia no post sobre este filme, da primeira vez que vi, não se comprovou. Sim, houve muito projecto cancelado, mas Star Wars está bem vivo e recomenda-se. Está é num formato menos expectável e que, a longo prazo, dá menos dinheiro. Porque é que a última parte é importante?: porque sem rendimentos não há novo investimento. Logo, Star Wars precisará sempre de filmes para sobreviver. Precisa do lucro de bilheteira e merchandising. As séries não chegam. Agora só é preciso que deixem a saga Skywalker em paz e consigam fazer algo novo e bom. Apenas isso. Será assim tão complicado?

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