quinta-feira, abril 28, 2011

La Solitudine dei Numeri Primi

IMDb

Enquantos uns viam a bola (maior parte, imagino), eu estava curioso em relação a esta adaptação. Gostei do livro, uma sugestão do patrão. Não sei porquê, passei maior parte do tempo a pensar que era uma história passada num país nórdico, mas isso já é falta de comunicação entre os poucos neurónios que restam. Sabe-se lá como ainda consigo ler, quanto mais interpretar coisas. Em todo o caso, dizia que estava curioso para ver a adaptação. Conhecendo a história, achei que não seria difícil. Tudo estava lá, de um modo ou doutro. O estilo narrativo será diferente mas é apenas caso para (lá está) adaptar. Estranhamente, o realizador não achou assim tão fácil e tomou algumas liberdades um pouco curiosas. Posso já dizer que tanto o início como o fim são pavorosos. A escolha de músicas ambiente ou mesmo a caracterização dos personagens deixa muito a desejar e deixou-me a mim algo perdido. Talvez tenha acontecido por ter lido o livro, talvez não. A abordagem foi diferente e aí não reclamo. Em vez de contar a história de forma cronológica, escolheu-se andar para trás e para a frente. Tudo bem. Deixou-se para depois os momentos que marcam as duas personagens principais, aquilo que os define enquanto pessoas. A explicação de porque são tão totós e alienados de tudo o resto, tirando um para o outro. Mesmo a escolha de o ter metido a estudar/trabalhar na Alemanha, ao invés de nos EUA, até isso entendo. Agora, a forma ligeira como é abordada a anorexia dela passou-me bastante ao lado. Não sei. Lá está, é difícil ter uma perspectiva clara. Não sei se foi só a mim, se é só aos leitores que fará confusão algumas cenas (ou falta delas), ou se alguém que não tenha lido o livro sentirá o mesmo. Sei que não gostei nem do início nem do fim, o que é um problema. Passo bem com não gostar do fim. Acontece muitas e muitas vezes, especialmente em filmes que gosto. Já não gostar do início, isso é mais complicado.

Não recomendo a versão cinematográfica. Como maior parte das adaptações, a versão literária é muito melhor.

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