segunda-feira, janeiro 02, 2017

Don't Think Twice


O raio da moda do improviso chegou a um ponto em que se fazem filmes disso.

Acedo que há coisas que adoro, séries e filmes, que são muito à base do improviso. Há cenas clássicas de filmes, de grandes filmes, que são actos geniais de momento, de fantásticos actores e actrizes. Mas não gosto do género declarado. Quando é mau, acaba mesmo por ser péssimo. Tudo se rege pelo verdadeiro talento dos intérpretes. Não é qualquer um que o faz, apesar de achar-se que sim. Acaba-se por ter muito riso de simpatia. O actor ou actriz é carismático, ou mesmo só simpático, então acha-se que o que faz tem piada. A simpatia por detrás das câmaras não passa para o lado de cá, e as cenas perdem-se.

Neste caso em concreto até gosto da história. Só não consigo criar muita empatia por personagens que, apesar do trabalho árduo, sofrem apenas por terem uma dedicação a um género que não deveria levar a lado nenhum. O futuro do actor de improviso é entrar em programas de sketches, essa raça que ainda só não morreu por causa do raio do SNL e, acima de tudo, do sucesso dos actores que de lá saem e metem-se a fazer coisas com jeito. E se são muitos os exemplos de sucesso... apesar de alguns flops clamorosos.

Enquanto houver SNL há improviso. Enquanto houver SNLParks, Office, Nine-Nine ou mesmo o maravilhoso Trading Places.

Não sei por que lado torcer, confesso.

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