Este filme não só é uma biografia, como é sobre televangelistas. São duas características bastante negativas. Uma só basta para eliminar uma data de filmes da minha lista. Estranhamente, estava bastante curioso para ver os famigerados olhos da moça.
O filme não traz grandes surpresas. Basta ver o trailer para saber a história toda. Ou então ler umas páginas de Wikipédia, mais uns artigos, e saber assim a história original. O que não está no trailer é fácil de adivinhar: o marido envolveu-se sexualmente com mulheres e homens, fora do matrimónio. Duh! Não é spoiler. A série que é por demais óbvio.
Enquanto que o personagem de Garfield é caracterizado como o vilão, a de Chastain até nem fica muito mal na fotografia. Sim, claro, foi ele quem orquestrou os esquemas todos. Era ele que lidava com o dinheiro. Mas não sejamos ingénios. Ela sabia. Ambos gastavam o dinheiro dos «parceiros» telespectadores em coisas pessoais. Gastavam muito dinheiro. Mas - e aqui está a diferença - ela ajudou com boas causas. Causas até controversas para a altura, e para a igreja sempre. Durante, e mesmo depois de perder quase tudo, ela procurou ajudar. Se o que aparece no filme não é inteiramente ficcionado, não era má pessoa na totalidade.
E era uma entertainer do caraças, pelos vistos. Ninguém saca assim tanto dinheiro às pessoas sem ter algum talento. Ajuda ser uma coisa de igreja, claro, onde esmifrar dinheiro das pessoas é uma coisa enraízada, mas mesmo assim. O que poderia ter alcançado Tammy Faye, num contexto diferente? Ela e os seus olhos.
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