Andava há algum tempo à procura deste filme. Há muito que Burns não mandava nada cá para fora. Há tanto tempo, aliás, que os filmes indie que fazia já não podem ser chamados de indie, hoje em dia. O certo é que não estava a conseguir encontrar o filme. Não ajudava ter um nome tão básico. Sim, porque antes desta recapagem de 2021, que teve direito a um novo nome, o filme era simplesmente conhecido por Summertime. E Verões, esses felizmente há muitos.
Posto isto, o filme é fraquinho. Maior parte são péssimos actores. Não só por serem novinhos. Há um par deles que são bastante bons, em contraste. Qual foi o critério? Ter dinheiro para dois bons e o resto é o que for? Mas não é só isso que estraga o filme. A ideia de Burns sobre os anos 80 é, apenas e só, uns carros fixes, músicas simpáticas (não as mais badaladas) e uma catrefada de clichês. Daqueles bens melosos. Uma data de frases feitas e expressões parvas da altura. Depois... Não há nada depois. É só o Burns a querer reviver algo que terá vivido em tempos. Há umas miúdas giras e uma data de tipos em tronco nu.
Percebe-se porque Burns tem andado longe da realização. O homem já não tem histórias para contar. Pena. Mas foi bom enquanto durou. Foi um belo «Verão», esse.
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