Logo ao início fiquei intrigado sobre a razão de fazer-se este filme. É sobre um escritor ganhar o Nobel literário. Não me pareceu grande assunto, mas o mais curioso é que o filme é sobre a esposa e não o escritor. Fui ler o resumo. Não fiquei elucidado. Refere que a mulher pondera sobre a sua própria vida, durante a entrega. Será tão bom momento para o fazer, como qualquer outro, é certo. Mas qual a relevância cinematográfica?
The Wife teve uma data de lançamento tardia. Supostamente para que Close pudesse ser candidata aos Óscares. Sabendo isso, o filme, a história em si, perde algum protagonismo. Para mais, muito do elenco não está propriamente à altura. Por serem inexperientes. Dois dos mais novos são filhos de actores famosos (no caso, da própria Close e do Jeremy Irons). O realizador também se estreia em grandes produções com este filme. Nota-se, já que o tom é mais teatral que cinematográfico. Imagino que, mais uma vez, para poder realçar o tipo de representação da grande estrela do grupo. Tudo isto acaba por ser irónico só por si, tendo em conta a história.
Sim, Close faz um grande papel, embora seja muito do que já nos habituou, se formos honestos. Merecerá? Se ganhar, será um daqueles casos em que a Academia dá um prémio mais pela carreira, porque Close já merecia o raio da estatueta, em boa verdade. Será um pouco injusto para as demais nomeadas, mas que ninguém tenha dúvidas que é, de facto, uma óptima interpretação, numa narrativa que trabalha bem o twist que justifica tudo.
No final acabei por ficar muito curioso sobre como seria a vida destes personagens depois deste episódio. Olha, podiam fazer uma sequela, não? Será que daria para um franchise?
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