A ideia está lá, a começar no casting. A personagem pedia alguém que pensasse mais com o coração que com a cabeça, e Milana Vayntrub faz esse papel na perfeição. Acontece que a personagem foi engraçada, como se pedia, mas algo destrutiva demais. Não foi fácil criar empatia, enquanto espectador, o que leva a ser difícil acreditar que os outros personagens alinhassem com o caos que a moça trazia para a mesa.
Milana foi contratada para uma empresa que trabalha a partir de casa, no atendimento em chat ao cliente. Acontece que não tem quaisquer qualificações, para nada, e é ainda alguém bastante pouco profissional. Por distração, mais que desmazelo. Mesmo assim. Acaba contratada porque o nível de selecção é baixo, mas também porque ela diz ao patrão o que este quer ouvir, no que concerne à sua relação tóxica em casa. A grande piada do filme é que, estando em casa e com um trabalho de «bastidores», a equipa está numa reunião online contínua, partilhando o trabalho mas também tudo o que se vai passando em casa, no dia a dia.
No todo, o filme não funciona. As situações pessoais são demasiado caóticas para acreditarmos que estas pessoas têm qualquer tipo de consideração uns pelos outros. Mas as reuniões de trabalho continuas são perfeitas e têm bastante humor. Valeu por isso e para ver a Squirrel Girl, uma vez mais.
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