Honestamente não sei se não me sinto mais confortável no meio dos Razzies, do que no meio de Óscares. Não vou tão longe como dizer que gosto mais dos primeiros do que dos segundos, mas sinto-me mais em casa. Gosto mais dos projectos e, maior parte das vezes, dos intérpretes, realizadores, etc. É tudo malta que quer fazer o seu filminho, sem grandes alaridos.
Só que é difícil defender algo como Happytime Murders. Percebo o intuito. Querem voltar aquele mundo que viveu durante muito pouco tempo, onde era legítimo pensar numa convivência entre marretas e humanos. Um pouco à luz do Roger Rabbit, onde parece-me que Happytime vai buscar muita da sua inspiração. Não era algo fácil de fazer. Somos mais cínicos, nos tempos que correm. Precisamos de alguma legitimidade, mesmo assim. Sim, mesmo na época de deuses nórdicos lado a lado com tipos cheios de drogas experimentais, vestidos com uma bandeira americana. Ao menos esses são «humanos». Pensar num marreta polícia acaba por ser algo ridículo.
Não era uma má ideia, mas a execução era complicada. Não resultou. E não há grande coisa a fazer.
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