domingo, outubro 17, 2021

Who's Harry Crumb?


Assim despeço-me de John Candy. Não é a melhor forma. Longe disso. Os melhores serão sempre Cool Runnings ou Uncle Buck. Foi aí que se cimentou. Acho que Crumb teve algum sucesso na altura. A ideia de Candy em vários disfarces, a resolver um crime tolo, não é má. Mas fizeram dele o «palerma com sorte» e eu nunca gostei muito desses papéis. Sempre achei parvos demais. Para mais, a execução não é sequer das melhores.

Há dias apercebi-me que, ao contrário de muita gente nas décadas de 80 ou 90 (ou até dos 00), eu senti-me «representado» na ficção da altura. Candy era o gordo com piada, mas que tinha família, apelo e inteligência. Era alguém que o jovem eu poderia almejar ser. Não tanto em Crumb, atenção. Mais nos dois filmes mencionados acima. Runnings, por exemplo, fez-me sonhar com uma vida nas Caraíbas, a deslumbrar tudo e todos com camisas havaianas gigantes. Que sonho tão bonito teve o jovem imberbe eu. Mal sabia ele o que o esperava. Pobre coitado.

Como sempre, foi um prazer, caro John. Voltaremos ainda a encontrar-nos por aí um dia, estou certo.

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