Fico sempre fascinado quando alguém consegue transformar uma ideia simples em hora e meia de filme. Guilty é um tipo a atender chamadas de emergência do 112. É uma sala com meia dúzia de pessoas. Duas salas, vá. A segunda vazia. Mais uma casa-de-banho. São estes os cenários. Tudo passa-se aqui. Sim, também é um sinal claro que isto é um «filme COVID». Ou seja, foi feito numa altura em que não dá para ter muita gente junta.
O certo é que há momentos em que ficamos agarrados à narrativa. Muito por força da história do passado recente, do próprio personagem principal. Mas basta o caso que está a tratar ao telefone, da tipa raptada. Há momentos interessantes, empolgantes. Claro que, no final, este filme é só o Gylhenhaal numa sala, a fazer um bocadinho de overacting com ele próprio, e a ser um palerma que odiamos, mas que também entendemos, ao mesmo tempo.
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