terça-feira, agosto 13, 2019

Hearts Beat Loud


Como é que um gajo talentoso como o Ron Swanson andou escondido durante tanto tempo? Representa, tem pinta, é músico. Não grande músico, atenção, mas disfarça um menor talento musical com a pinta que tem. Terá sido uma questão capilar? Será que o reconhecimento apenas poderia vir quando os pelos faciais ficassem na moda? Bem, felizmente que vivemos nessa época, porque eu não conseguiria viver sem o Ron.

Em Hearts Beat Loud Ron é um tipo carrancudo. Eu sei. Chocante. Tem uma loja de discos, mas a coisa não corre bem e quer fechar esse ciclo. A filha vai para o outro lado do país, para a faculdade, e parece-lhe um bom momento para dar uma senhora volta na vida. Antes que vá, Ron procura ter mais uns momentos com ela, através duma ligação à música. Ron tinha uma banda com a mãe. Eram ambos artistas. A mãe faleceu e a filha é mais certinha, mais virada para as ciências. Mas o talento musical existe. E, sem querer, ambos criam algumas peças musicais e até uma banda, com muito amor e engenho.

Aqui reside a diferença no filme. As músicas são boas. Por norma músicas feitas para filmes são sempre bastante más. Não há como pagar a artistas a sério para fazer músicas para filmes. Pelo menos dantes era muito menos comum. Não foi aqui o caso. Terão arranjado um tipo que sabe o que faz. E, durante uns dias, andei com o raio das músicas na cabeça.

Foram uns dias bastante simpáticos.

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