segunda-feira, junho 24, 2019

Wonder Wheel


Vamos lá matar este borrego que é 2017.

Tenho três filmes desse ano para ver, que deixei para a última. Um foi-me pedido que guardasse para vermos juntos. Não tenho como dizer que não à minha senhora. Os outros dois tenho empurrado com a barriga sempre que posso. É estúpido, porque são os dois filmes que deveria ver à cabeça. Mas não os vi logo. E criou-se uma... cena! Algo à volta deles, que os torna maiores do que são. Um é este último filme do Allen (surreal que ainda não tenha feito nada entretanto), o segundo vou tentar ver já de seguida.

O problema também é saber logo a opinião geral. Wonder Wheel não foi muito bem recebido. Não há grande vontade de ver um filme depois de toda a gente dizer que não é nada de especial. Ainda para mais sabendo que há filmes de Allen que são isso mesmo: nada de especial.

Wonder Wheel entra na categoria. Um filme que provavelmente escreveu num par de dias. Despachou-o como se não fosse nada. No geral da obra do homem nem entra em registo. Mas se fosse qualquer outra pessoa a fazer o filme, provavelmente seria elogiada e comparada a Allen. Talvez lhe chamassem «o novo Allen». Não é o caso e Wonder Wheel funcionaria melhor como peça de teatro. Acho mesmo que o homem anda mais virado para o palco. Já há algum tempo. Não sei porque simplesmente não dá o salto. Se calhar tentou e não deu. Convenhamos que não acho haver assim tanta gente que lhe queira dar trabalho, hoje em dia. Ou não tivesse este filme saído pela Amazon.

Atenção que sou o primeiro a dizer que Allen deveria passar para streaming. Não faz sentido algum os filmes ainda irem para cinema. Mas a Amazon? Será que o agente de Allen é a única pessoa no mundo que não consegue vender um projecto à Netflix?

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