domingo, dezembro 14, 2014

The King of Kong: A Fistful of Quarters


Considero-me como um grande geek. Adoro muitas coisas que, se fosse um adolescente americano nos anos 80/90, colocar-me-iam em sérios riscos do «problema» que hoje em dia rotula-se de bullying. Não fui grande alvo disso. Fui por outras coisas, mas nunca por gostar de BD, filmes estranhos, músicas não populares, séries, jogos ou outras coisas deliciosas do género. Rocei sempre o nerd, mas nunca cheguei lá. Talvez fosse essa a diferença.

Uma coisa é certa. Estarei perto do nerd, mas a léguas do que estes cavalheiros são.

The King of Kong é das coisas mais nerds que vi na minha vida. E o bully que existe e sempre existiu de forma ténue na minha pessoa tem vontade de maltratá-los. Confesso. É o nerdismo levado a um extremo absoluto, ao nível religioso (que foi algo que nunca entendi). A trama que inventaram para tornar esta história, esta rivalidade, interessante...

São dois totós com demasiado tempo livre nas mãos, que são muito bons a jogar um jogo. E atenção que vejo mérito em ser bom em qualquer jogo, seja futebol ou Pong. Só que estes gajos... Epá, lamento. Não dá. Não consigo ver uma relação Messi/Ronaldo... ou melhor, Maradona/Pelé, para não ser tão conflituoso e trazer para aqui comentários que não fazem sentido (as pessoas são demasiado emotivas sobre a primeira parelha)... nestes dois cromos. Um deles realmente parece até ser um tipo fixe, apesar da obsessão. Poderá ser a maneira como o pintam no documentário, para melhorar a história. O outro é o totó-mor, rei dos totós. Um daqueles tipos para os quais nunca tive paciência. Ou então é manipulação narrativa. Sei lá.

Suponho que seja igual. Não interessa se envolve milhões de euros, mulheres diferentes a cada dia da semana, carros ou casarões, ou mesmo só um grupo restrito de cromos de borbulhas a idolatrarem-te numa casa de jogos. A partir do momento que és o melhor do mundo em alguma coisa, passas a ser um idiota. Só a escala é que muda. E sim, é sempre ridículo.

Sem comentários: