Em muitos momentos da vida acreditei que o sr. Brown só não foi um supreassumo da música, ao nível de Elvis e afins, por causa da cor da pele. Claro que isto é apenas e só com base numa profunda paixão que tenho pela sua música. Não se pode afirmar algo assim sem fazer o mínimo de pesquisa. E pelo que vejo no filme, o homem (deus?) teria alguns defeitos bem graves. Como todos os génios, era temperamental e de personalidade forte, entenda-se conflituosa. Teve uns momentos com a esposa que, infelizmente, não têm como não estragar a imagem que tinha dele. Continua a ser um dos grandes. Um dos maiores, mesmo. Era um assombro em palco. Se algum dia tivesse possibilidade de viajar no tempo, (para além de mudar umas decisões tomadas) iria com todo o gosto ver um dos seus concertos.
Não seria apenas esse o seu trunfo. Era o maior dentro e fora do palco. Mesmo que fosse o maior idiota. Era o maior. E se metade do que diz no filme lhe saiu da boca, então o mito sobe para mim.
Paralelamente, o filme está muito bem montado. Começa a ser cada vez mais difícil fazer destas biografias. Há uma fórmula que há muito teima em manter-se. Os saltos de cenas para cenas, todas em tempos diferentes, acabam por funcionar em termos narrativos, conseguindo-se assim fugir um pouco aos clichés que estamos habituados e ver. Muito bom exercício.
Termino, desafiando os meus três leitores a não terminares a frase seguinte, mesmo que seja só na vossa cabeça.
Say it loud...
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