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De repente dei por mim a ver um documentário. É estúpido. Eu ver um documentário é estúpido. Não é o documentário que é estúpido. Embora muitos sejam. Para o caso de haver dúvidas, não sou fã do género, digamos assim. Fui surpreendido por ser um documentário. Como raios é que veio parar à lista de coisas que tenho para ver? E pensei em desistir muitas e muitas vezes, ao início. Só que fui deixando andar. Muito por inépcia. Maior parte por inépcia, aliás. Sempre a pensar que eventualmente lembrar-me-ia de fazer algo mais interessante e esqueceria o documentário. Nada mais interessante surgiu. É verdade que tenho compras de natal para fazer, mas não posso dizer que enfiar-me num centro comercial em vésperas de natal possa ser mais interessante que estes documentário. Muitos merecerão essa distinção. Por acaso, este não. Fui vendo, até para perceber o objectivo. Depois deixei-me estar apenas e só por fascínio mórbido. Da mesma forma como muita gente abranda para ver o resultado dum acidente, eu fiquei a ver pelo fascínio de saber os podres da família Polley. Se a princípio o fócus parece ser a perda da figura matriarcal duma família, cedo se percebe que entramos mais no campo da infidelidade e dos segredos. Incomoda-me aceder, mas tenho a minha costela de alcoviteira. Deu-me gozo saber que o pai da realizadora não é o verdadeiro. Por muito que seja aquele gozo reles, que daqui a pouco nem me lembrarei que tive.
De repente dei por mim a ver um documentário. É estúpido. Eu ver um documentário é estúpido. Não é o documentário que é estúpido. Embora muitos sejam. Para o caso de haver dúvidas, não sou fã do género, digamos assim. Fui surpreendido por ser um documentário. Como raios é que veio parar à lista de coisas que tenho para ver? E pensei em desistir muitas e muitas vezes, ao início. Só que fui deixando andar. Muito por inépcia. Maior parte por inépcia, aliás. Sempre a pensar que eventualmente lembrar-me-ia de fazer algo mais interessante e esqueceria o documentário. Nada mais interessante surgiu. É verdade que tenho compras de natal para fazer, mas não posso dizer que enfiar-me num centro comercial em vésperas de natal possa ser mais interessante que estes documentário. Muitos merecerão essa distinção. Por acaso, este não. Fui vendo, até para perceber o objectivo. Depois deixei-me estar apenas e só por fascínio mórbido. Da mesma forma como muita gente abranda para ver o resultado dum acidente, eu fiquei a ver pelo fascínio de saber os podres da família Polley. Se a princípio o fócus parece ser a perda da figura matriarcal duma família, cedo se percebe que entramos mais no campo da infidelidade e dos segredos. Incomoda-me aceder, mas tenho a minha costela de alcoviteira. Deu-me gozo saber que o pai da realizadora não é o verdadeiro. Por muito que seja aquele gozo reles, que daqui a pouco nem me lembrarei que tive.
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