Imagino que seja frustrante para um actor ser typecasted, mas se a coisa funciona... Também vemos Tommy Lee a fazer sempre de agente e adoramos o homem. Não o vejo a queixar-se.
Fora todas estas questões, mais o enredo que é bastante simples, The Family fez-me pensar na proteção às testemunhas. Primeiro, acho perfeito viver às custas do estado sem ter que fazer nada. Não quero saber se para isso é preciso ter a vida em risco. Tenho que trabalhar? Não, pois não. É-me impossível ver qualquer desvantagem neste esquema. Segundo, quem faz as mudanças? Serão os próprios agentes do FBI ou da CIA? Terão um departamento de mudanças? É que não podem propriamente contratar uma empresa. Seria dar pistas e ter demasiadas pessoas a saber da mudança. Mais, como é que arrendam casas? É que basta alguém passar uma factura ao FBI (ou CIA) para ser logo suspeito, não? OK, claro que será uma empresa fictícia a pagar as rendas, ou a contratar mudanças, ou a comprar edifícios. Mesmo assim. Terceiro, quem escolhe o destino? Noutros filmes ou séries dá-se a entender que é onde o FBI/CIA têm casas. Voltamos ao mesmo problema. O FBI/CIA tem casas? Isto não é ter papelada demasiado reveladora? Em todo o caso, por norma colocam-se testemunhas em sítios específicos e controlados. A família deste filme foi para França. Confesso que não seria o meu primeiro destino para mudar completamente de vida, mas já seria bom só poder sair do país. Quarto e último, que acontece se o casal protegido se divorciar? É uma situação stressante. É bastante provável de acontecer, não? Imaginemos que o marido testemunha. A mulher vai com ele para a protecção. Ela farta-se, mete-lhe os palitos, tenta matá-lo... Qualquer coisa. Separam-se. Que acontece à mulher? Continua sob protecção? Tendo em conta que o marido é que é procurado, tem qualquer direito? Pode-se até pensar nisto da protecção de testemunhas como a última forma de preservar um casamento. É curioso.
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