domingo, junho 12, 2022

Hustle


Enquanto via o filme apercebi-me da ironia. Nada de novo. Não é especial. Terei sido o último a reparar. É engraçada esta coisa de homens fazerem filmes sobre coisas másculas, mas que fazem outros homem chorar.

Sejam filmes de guerra ou desporto, volta e meia há «aquele» momento - o discurso, o lembrar do pai falecido, a homenagem, a última batalha, a jogada final que ganha o jogo ou é o momento de redenção do protagonista, o levantar da pequena criança no meio duma multidão -, o momento que faz o homem mais espadaúdo, mais macho, mais sereno, sério e cheio de pelos na cara e no peito, fá-lo pelo menos lacrimejar.

E os filmes são todos iguais. Sempre a mesma coisa. Muda o desporto ou a guerra. No tal momento, somos todos um. Choramos todos juntos.

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