quarta-feira, agosto 03, 2016

Ghostbusters


O sentimento que fica é de absoluta frustração. Porque nada se pode apontar à história, ou à dedicação a este universo querido por mais que um par de gerações. Nota-se que tudo foi feito com grande respeito ao material de origem. Às vezes até peca por excessivo, com demasiados cameos, que tinham de acontecer.

O problema é o pacing, o editing. É uma grande confusão, onde se notam demasiados «bedelhos metidos». A primeira metade vê-se bastante bem. Estava a ser divertido, até. A segunda metade é que já é demasiado flagrante, com inúmeras coisas a acontecerem aos tropeções, sem qualquer justificação ou até lógica. (Tendo em conta o registo de fantasia, claro.)

A batalha final, por exemplo, está óptima. Muito bem feita. Fiquei especialmente impressionado com as formas criativas e ágeis de derrotar os muitos fantasmas, com novas armas. Mas lá está, são tudo armas criadas durante o filme. E não houve tempo para as criar. Longe disso.

O que fica é mesmo a frustração. Porque não foi possível trazer de volta este universo. Que fique registado que o argumento de serem novos personagens, interpretados por mulheres, é só estúpido. Muito estúpido. Nenhuma delas é Murray, é certo, mas têm todas muito valor e mais do que qualidade para fazerem parte do revitalizar do franchise. Pena que não possam fazer mais.

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