quarta-feira, agosto 24, 2011

Captain America: The First Avenger

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Este é complicado de falar. Estou demasiado próximo do personagem. Sim. Seja. Admito. O Capitão América é o meu personagem preferido de BD. (Que cena tão geek de se dizer.) E estava em pontas para ver o filme. Não ao ponto de ir à ante-estreia. Não o faço por filme nenhum. Não há paciência para salas cheias de gente histérica. Mas começava a ver o filme em menos e menos salas. Assustou-me. Não queria que fosse como com o X-Men: First Class. Demasiadas pessoas andavam a falar-me do filme. É algo que me incomoda. Sei o que diz da minha pessoa. Temos pena. Fui ver e a única coisa que é importante referir: é bom. É uma boa adaptação da história, especialmente tendo em conta o registo dos outros filmes da Marvel Studios e, ainda mais, tendo em conta o que sairá para o ano. É bom. Ponto final.

E a partir daqui continuem a ler por vossa conta e risco. Não pretendo atirar spoilers para o ar, mas vou falar demasiado.

Faltou-me a parte campy da história passar-se nos anos 50. Faltaram-me mais atitudes e expressões da época. O realizador fez um óptimo trabalho, atenção. Já tinha mostrado esse registo no Rocketeer, filme que adorei. Queria mais, confesso. Mas tudo o resto estava lá. Adorei o Bucky. Gostei muito, mesmo muito (mais do que esperava) dos Howling Commandos. Gostei do facto de terem sido discretos em relação a estes personagens. Não fiquei incomodado com as «liberdades» tomadas com a história. De todo. Aliás, um ponto muito a favor, é que este é o Capitão original. Não é o dos Ultimates, como tudo o resto tem sido. A relação dos nazis com os... outros. O Nick Fury preto. A abordagem aos Avengers, com todas as cenas do Hawkeye e a Black Widow. Gostei que apostassem no Cap original e não na versão completamente militar dos Ultimates. Fez-me confusão foi terem apostado na premissa do Capitão não ter tido muito treino militar. Já o tinham feito no primeiro filme do Capitão América. (Sim, houve um outro, muito mau, que nada tem a ver com este.) Pô-lo aos saltos e a fazer uma data de coisas extraordinárias sem treino foi... Bem, é uma opção. Nos filmes tem que ser assim, a correr. Uma coisa que o personagem fartou-se de fazer, aliás. Mas nada destas coisas de somenos interessam. O objectivo principal destes filmes será sempre ver em filme o que nos deliciou em BD. E temos aqui muita coisa. Os saltos por cima das coisas com o plano por baixo: excelente. A premissa que poderá ser aproveitada para o dois ou três: estou a humedecer as cuecas só de pensar nisso. O Red Skull... esperava mais da interpretação, mas mesmo assim foi maravilhoso ver o personagem encarnado (literalmente). Este filme é uma óptima experiência cinematográfica. Foi óptimo de ver e nem o 3D estragou a coisa. E em relação a Chris Evans, tenho muita pena que deixe de ser o Human Torch, mas já o tinha dito aqui: ele é o all-american hero.

Finalizo como de costume: a mandar vir. Houve uma coisa que não gostei nada. O snipet. Aquele troço final a seguir ao genérico. Em todos os outros, foram pedacinhos a deixarem-nos em pontas com os Avengers para o ano. Funciona. Deixavam-me sempre com um sorriso parvo na cara. Desta vez... odiei! Tenho dito.

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