Ia começar por mandar vir (mais uma vez) com o 3D. Não me dá jeito, já que uso óculos por baixo. Os filmes ficam escuros e difíceis de descortinar, maior parte das vezes. No início do filme pensei que iria mandar vir com o 3D. Acabou por não ser muito grave. Entre Asgard e o sol de New Mexico, o filme é bastante mais claro do que os outros que vi. Continuo a detestar, mas hoje detestei menos, admito.
Thor foi uma montanha-russa de emoções desde o momento em que soube do projecto. Assim como com o primeiro Iron Man, saber do nome do realizador fez o meu sistema ocular andar às piruetas. A sobrancelha esquerda quase que prendeu acima da outra. Os olhos reviraram quase 180º. Associar Kenneth Branagh ao universo Thor parecia ser a pior combinação possível. Mais tarde, mais calmo, a coisa começou a fazer sentido. Alguém com (mesmo muita) experiência Shakesperiana poderia saber comunicar perfeitamente o universo de Asgard. Outro ponto a favor foi saber que um escritor de BD iria fazer o guião. Aliás, seria não só alguém com experiência de escrita em guiões de TV e cinema, como seria ainda o, na altura parece-me, escritor do comic mensal. O elenco foi crescendo e começaram a ouvir-se bons rumores de boas interpretações. Depois vieram as imagens. Aquelas primeiras imagens de cenas do filme, com péssimo aspecto, ainda antes da pós-produção, completamente descontextualizadas. E tudo pareceu mau outra vez. Thor passou de péssimo filme, para óptimo filme, para péssimo filme, para... e por aí fora. A partir de certa altura desliguei. Deixei de querer saber. O que via eram imagens aqui e ali, apenas porque carregavam automaticamente ao abrir sites. Fui investigando o elenco, que é óptimo. Todo ele, tirando claro a Natalie Portman, que não escolheria para fazer o papel da miúda que ignoro ao passar por ela na rua. Em boa verdade, Portman aqui nem irritou muito. Porque ao lado, melhor que Kat Dennings, estava Kat Dennings com óculos!!! (Como esta miúda tira-me do sério. Ela é demasiado geek magnet e o meu crush aumenta sempre que a vejo.)
Em todo o caso, o veredícto final é que Thor é um óptimo filme dentro do género. Não muito perto dos melhores, mas longe, muito longe dos piores. Tendo em conta uma história que não é das minhas preferidas, parece-me uma excelente adaptação da BD. E bonito. Estupidamente bonito, claro.
A terminar, a nota que até podemos estar a viver em tempos de crise, seja ela criada ou não, mas graças a dEUS que vivo numa época em que posso ver homens crescidos a voar com capas e martelos. A Marvel Studios está a fazer um óptimo trabalho que em muito alimenta o geek dentro (e fora) de mim.
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