Ai a crise!
The Company Men é sobre funcionários duma empresa grande que, certo dia, são despedidos. Três níveis de funcionários, principalmente. Um patrão que ajudou a fundar a empresa. Um trabalhador que começou desde o início no cargo mais baixo e foi subindo ao longo dos anos. E um mais novo, com alguns anos de casa, carreira promissora e dedicado ao trabalho. Tudo homens dedicados ao trabalho, que foram dispensados em prol da valorização da empresa. Pessoas mandadas embora após anos e anos de serviço, para que o patrão-mor possa vender a empresa a um valor aceitável e ter acções no valor de 600 milhões de dólares.
Chiça, não consigo conceber o que são 600 milhões de dólares.
É uma representação triste da realidade. Em demasiados momentos é complicado ter pena ou conseguir sentir empatia com os problemas destas pessoas. Porque nem é o não terem o que comer, é não conseguirem sustentar o estilo de vida que levavam. E sim, não me lixem, é um estilo de vida opulento. Casas gigantes de mais para poucas pessoas. Porsches. Pertencem a clubes privados onde jogam golfe. Amantes, pois claro. Só que depois há cenas de partir o coração. No início, numa primeira leva de despedimentos, às tantas vemos um dos personagens a olhar pela janela. E vê-se uma data de gente com as suas caixas de pertences pessoais. Tudo a dirigir-se para os seus carros. Todos em unísseno. Todos na mesma posição. A derrota de terem sido eles a serem mandados embora. Sem previsão de que pudesse acontecer. Todos a ir para casa numa altura em que o último sítio onde deveriam estar era em casa. Não é fácil de ver.
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