quinta-feira, dezembro 05, 2024

Hot Frosty


Alguém consegue explicar este elenco?

Não falo dos principais. Ela faz uma data destes filmes, com relativo sucesso. Creio que terá um filme de Natal, por ano, já há uns dois ou três. A Netflix sacou-a à Hallmark, e fez muito bem. Ele tem um papel de destaque. E nem toda a gente conhece a série onde aparece às vezes. Também despido, curiosamente. Não, falo do elenco secundário.

Joe Lo Truglio e Craig Robinson, logo à cabeça. Chocante! Depois ainda há Katy Mixon Greer ou Lauren Holly! Que faz esta gente aqui? A Netflix fez acordos especiais com eles? «Se fizerem este filme de Natal, fazemos também a vossa série nova.» Ou pagaram bem? Será que esta malta só queria aparecer num filme de Natal?

Foi algo surreal. Nestes filmes da época espero apenas desconhecidos, todos iguais entre eles (clones?). Ou actores famosos nos anos 90-00's, que tiveram a sua ribalta então e agora só são conhecidos por estes filmes. Vamos lá manter as coisas decentes, Netflix!

terça-feira, dezembro 03, 2024

The Christmas Charade


Pois então que comecem as festividades da época. Ainda nem temos árvore de Natal montada e já estamos a ver filmes de Natal da Hallmark.

E que melhor forma de começar. Este filme merece... Merece tudo, na verdade. Prémios do que quer que seja já é qualquer coisa. Até uma tacinha de participação em torneio de chinquilho. Até isso merece. Porque tem tudo o que se quer num filme de Natal. Pelo menos na versão moderna destes. Ou seja, nada tem a ver com Natal, à excepção da narrativa passar-se no período.

The Christmas Charade foi hilariante. Não pretendia ser. Não está rotulado de comédia. Foi simplesmente uma óptima forma de começar o mês.

segunda-feira, dezembro 02, 2024

We Live in Time


Ora viva. Já há algum tempo que não havia tempo, ou talvez até paciência, para ver um filme. Tendo em conta que já estamos em Dezembro, um filme totó de Natal teria feito mais sentido. Em vez disso vimos esta depressão em formato cinematográfico. Tudo porque a minha senhora, como muita mulher que para aí anda, gosta mesmo é de histórias trágicas se, porventura, conseguir chamar-lhes românticas também. Qual é a cena? Sim, eu sei que o mais provável é um casal acabar em divórcio. Mas a alternativa tem de ser morrer uma das pessoas, ou mesmo as duas, para que seja amor verdadeiro?

E porque passou Garfield o filme todo com os olhos a lacrimejar? Foi como se, antes de cada cena, tivesse visto o fim do Marley & Me. Sempre. Tipo preparação. Mesmo enquanto tinha pela frente os seios de Pugh. Estava sempre a lacrimejar.

Foi uma direcção de cena esquisita.

domingo, novembro 17, 2024

My Old Ass


Este filme foi muito mais fofinho do que estava à espera.

Uma miúda toma drogas e conhece o seu eu do futuro. Não só conhece como passa a ter contacto com. Trocam mensagens e tal. Para além disso, a versão do futuro é Aubrey Plaza. Com tudo isto, esperava uma cena de fim do mundo. Talvez em cuecas. Apenas talvez. Não era uma certeza e, claramente, falhei na previsão. Afinal é só uma coisa romântica e familiar. Porquê? Porque é um filme Canadiano.

Quem nunca imaginou dar conselhos ao seu eu do passado? Quem nunca quis conhecer o eu do futuro, para saber como vão correr as coisas? Acho que a miúda desperdiçou um pouco a situação. Fez poucas perguntas. Mesmo com Plaza a ser demasiado fechada. Eu tinha perguntado um chorrilho de coisas.

quarta-feira, novembro 06, 2024

Greedy People


Chiça, que isto para comédia negra às tantas deu uma volta a roçar filme de terror.

Claro que entendo a premissa. Gente gananciosa tem o que merece. Não é real, mas supostamente deveria ser assim. De qualquer modo, os quinze minutos finais parecem-me um exagero. E, pior, é meio forçado. Há dois momentos, pelo menos, em que personagens surgem em determinados locais sem justificação nenhuma. Apenas e só em prol da direcção que os guionistas queriam tomar.

Não era necessário ir tão longe. Dava para ter feito uma coisa mais simpática, sem tantos rodriguinhos.

domingo, novembro 03, 2024

Beetlejuice Beetlejuice


Para uma sequela que ninguém, reforço: ninguém pediu, até que estava a ser agradável de se ver. Algumas voltas algo despropositadas, sim, mas nada de muito grave. Agora, a partir do momento que chegaram à igreja, no final, a partir daí a coisa descambou.

O final é muito mau. Não percebo a falta de direcção. Querem fazer duas sequelas. OK, seja. Mais uma vez, ninguém pediu para estragarem um clássico. Mas ninguém pode dizer que não tiveram tempo para pensar numa ideia decente.

Tempo tiveram. A ideia não veio. O final estraga tudo.

sexta-feira, novembro 01, 2024

The 4:30 Movie


O meu amigo Kevin tentou voltar às origens. E ainda bem, que o rapaz andou aí meio perdido, durante uns tempos. Não terá sido assim tão bem sucedido agora, mas louvo-lhe o esforço.

Kevin Smith sempre foi bom a contar histórias pessoais. Foi assim com Clerks e Chasing Amy, os seus maiores sucessos. Mesmo Dogma tinha a parte religiosa da sua educação. Depois, e como muita e boa gente (e bandas) quando atingem o sucesso, a vida torna-se mais acomodada (entenda-se: estabilidade financeira e vida familiar) e deixa de haver histórias interessantes para contar. Logo, o cavalheiro decidiu voltar a tempos mais confusos, quando as hormonas dominavam todas as escolhas na vida. Sim, Smith contou algo da sua adolescência, mostrando o seu amor por filmes e por uma moça da escola.

Não será a história mais verídica do mundo. A adoloscência nos anos 90 era um pouco mais hardcore do que agora. Não é possível contar uma história verídica sem ser criticado ou, muito mais provável, cancelado. Mas foi uma boa tentativa. E 4:30 bate numa data de teclas saudosistas. É uma história bem fofinha de se ver.

quarta-feira, outubro 30, 2024

Beetlejuice


Que filme épico. Será o meu filme favorito do Burton. O que não é dizer grande coisa, já que não sou fã do rapaz. Mas este filme... Vi variadíssimas vezes em miúdo. Sabia falas de cor. Cheguei a ver uma série de animação divertida, mas que não acrescentou muito. Ou não tivesse nada a ver com o filme.

E depois há Keaton. É um papelão, como quase todos os que teve. Reza a história que só está tipo 15 minutos em cena, neste filme. Mas o personagem dá-lhe o título. E o actor mete o filme nos anais.

Nos anais, meus queridos!

sexta-feira, outubro 25, 2024

And Mrs


Aisling Bea não acredita no casamento. Respeito isso. Ajuntou-se ao Colin Hanks, quiçá numa tentativa de aproximação ao pai deste. Entendo. Aturou-lhe o excessivo romantismo. Todos temos cruzes para carregar. Aceitou relutantemente casar. O que tem de ser tem muita força, suponho. O rapaz morre e ela passa a não querer mais nada que não casar com ele. (...)

Quem sou eu para julgar? Quem é alguém para julgar? Todos fazemos o luto de forma diferente. Problema é quem não o faz. E a moça precisou disto e da ajuda da Billie Lourd para lidar com o trauma. E ainda bem que tiveram uma à outra.

PS - A Carrie Fisher é avó! Não sabia. Sei pelo filme, já que Lourd está grávida durante. Eu não estou a chorar. Tu é que estás a chorar!

quarta-feira, outubro 23, 2024

The Wild Robot


Uma robô topo de gama vai parar a uma ilha só com animais. Ou seja, uma espécie de Wall-E. Num twist esquisito, a robô aprende a linguagem dos animais, passando a ser uma Dolittle. Por casualidade, a robô mata uma família de gansos, excepção feita a um ovo, tornando-se assim uma madrasta contrariada, como milhentas histórias do género. Tem de mudar a sua programação, ou mesmo ir contra esta, e ensinar uma pequena criatura a comer, nadar e voar. Ensiná-la a sobreviver, no fundo.

No processo aprende uma data de coisas, incluindo amor.

Eu não estou a chorar, a minha senhora é que não pára de o fazer. Eu lacrimejei, admito.

terça-feira, outubro 22, 2024

Borderlands


Era difícil de acreditar que um filme com um elenco tão popular e mais que suficiente orçamento pudesse ser o flop que toda a gente dizia. Os primeiros minutos até acho que contrariam a opinião pública. Só que, depois dos «15 minutos à Benfica», a realidade assenta e não há como não concordar.

Focando-me nas partes boas: Cate Blanchett não consegue fazer má figura; mal sentimos a presença do Kevin Hart e ainda bem; o personagem irritante do Jack Black farta-se de levar porrada; a Gina Gershon existe.

Ao menos há estas coisas.

quinta-feira, outubro 17, 2024

Titan A.E.


Já não sei se é este, ou o Treasure Planet, que passa a vida a aparecer em listas de filmes pouco valorizados. Ou que foram flops mas têm qualidade. Ou que são melhores do que as pessoas acham. Uma destas listas.

Talvez seja o Planet. Porque Titan não impressionou muito. Foi giro e tal, mas percebo porque maior parte das pessoas viraram costas ao filme. Quem eram os Drej e porque queriam acabar com a humanidade? Foi só porque os humanos criaram o Titan? Qual é a história deste povo, para além de serem obcecados com as pessoas que criaram o Big Brother? Confesso que se fosse um alienígena e apanhasse sinais da Terra, se visse o lixo que é feito em termos de reality TV, também quereria explodir com a Terra.

Posto isto, Titan A.E. será um dos vários filmes que tornou a Hollywood no que é hoje. Filmes que custaram bastante dinheiro, com histórias e narrativas originais, que não se pagaram.

Ah, estas histórias malucas e originais não dão dinheiro? A partir de agora só fazemos reboots e sequelas. Nada disto de apostar em criar coisas novas. Só trabalhamos IPs conhecidos e populares. Nada mais.

terça-feira, outubro 15, 2024

Jackpot!


Se calhar a falta de sucesso do Ghostbusters feminino não foi por causa das moças. É que o Feig anda a fazer com cada filme...

A premissa é engraçada. Mais que não seja é uma boa desculpa para misturar humor com violência. Lá slapstick o filme tem. Mais que isso, não sei.

Jackpot! não é horrível, atenção. Não foi a melhor execução... de todas as piadas. Apenas isso.

domingo, outubro 06, 2024

Space Cadet


A premissa é a típica história underdog americana. Alguém sem educação universitária tem «street smarts», mente no currículo e entra num qualquer sítio onde não deveria ter entrado. Eventualmente essa pessoa é descoberta mas não há qualquer consequência.

E não há nada de mau nisso. Todos gostamos duma boa fantasia. O problema é a execução. O problema é sempre a execução.

domingo, setembro 29, 2024

Inside Out 2


Claro que vimos o primeiro porque o segundo estava disponível. Óbvio!

Em ano de demasiadas sequelas (e remakes ou reboots), esta não é mazita. Tem uns momentos engraçados e pareceu-me bastante inteligente, com um conjunto grande de paralelos entre psique e aplicações práticas num mundo fictício. Ou algo do género. Já no primeiro foi giro ver como funcionariam algumas coisas, se a nossa cabeça fosse como neste filme. Na sequela pegam nesse conceito e elevam-no até ao infinito.

Mas não é a mesma coisa. Uma sequela é uma sequela é uma sequela. Há poucas, muito poucas, que suplantam o original. Inside Out 2, saído anos mais tarde, sem algumas das vozes originais, não poderia ser uma dessas excepções. Falta-lhe o coração que o primeiro teve.

Acima de tudo é isso.

sexta-feira, setembro 27, 2024

Inside Out


Que belo filme. Ainda tenho uma lágrima no canto do olho. Outra vez. Dê por onde der, acabo sempre a chorar a ver este filme. Não tenho vergonha em dizê-lo. Será assim com toda a gente. Quem não chorar neste filme é um alienígena desprovido de emoções. Se ver o Bing Bong não mexer com o mais âmago dos âmagos do teu ser, então és uma criatura desprovida de coração. E de rins. E de fígado. E de clavículas. És vazio por dentro.

Vimos isto sem qualquer outro objectivo em mente. Só porque sim. Nem sei como nos lembrámos. O subconsciente é tramado.

segunda-feira, setembro 16, 2024

A Haunting in Venice


Estes filmes são bom entretenimento. Eu nem gosto do género, e acho bastante piada a estas histórias. Se calhar o mérito estará na velhota, mas sinto que Branagh também merece algum. Sabe adaptar as histórias, narrá-las e até mesmo interpretá-las.

E quando pensamos que os culpados estão todos encontrados e o desenrolar nem foi assim tão surpreendente, Poirot descobre mais qualquer coisa em que nem sequer estávamos a pensar.

Lá está. Bom entretenimento.

sexta-feira, setembro 06, 2024

Mean Girls


Quereis uma prova que o mundo não faz sentido? Pois bem...

O filme original foi tão bem sucedido que teve direito a uma versão musical de Broadway. A versão musical de Broadway foi tão bem sucedida que teve direito a uma versão cinematográfica.

Huh?

Qual foi o sentido de fazer este filme outra vez? É igual, excepção a ter perdido bom diálogo para uma data de músicas.

O mundo não faz qualquer sentido.

sexta-feira, agosto 23, 2024

Incoming


Olha que divertido. Se bem que... Epá, não faço ideia de como é que estes gajos conseguem fazer isto!

Incoming é dos mesmos gajos que fizeram o Mick. E nota-se. Muito. Ou não tivesse alguns actores dessa série. A premissa também é a mesma. Miúdos a fazerem coisas que não deviam fazer. E adultos no mesmo registo... mas pior, porque não deviam estar a fazer estas coisas com miúdos. Nada sexual, atenção. Só parvoíces com álcool, drogas, figuras tristes e acidentes que levam ao hospital mas não traumatizam. São só boas histórias para contar.

E é divertido ver miúdos a serem miúdos. Sem consequências. Só parvoíce da boa. Como é que os deixam fazer isto? Não faço ideia. Mas espero que continuem.

quinta-feira, agosto 22, 2024

The Union


Isto um gajo chega a certa idade e pensa que já viu tudo. Não há surpresas. Os filmes novos são cópias dos velhos. É só mais do mesmo. Até que surge um filme que volta a encher-nos o coração de esperança.

Em ano de sequelas e mais sequelas, Union é uma original lufada de ar fresco. E eu vi - e gostei muito - do Deadpool & Wolverine.

O filme é deliciosamente confuso e muito pouco faz sentido. Ou nada, mesmo. Mas não consegui tirar os olhos do ecrã. Pousei o telemóvel e absorvi cada milésimo de segundo dum filme que, a meio, parecia já ter mostrado tudo. Não, longe disso.

E o que é The Union?

We don't recruit out of Princeton or Harvard. We're not looking to tap the Yale skulls or the Oxford tennis team. We're looking for people that fly under the radar. An invisible army that keeps the world running. People who do the actual work. Street smarts over book smarts. Blue collar, not blue blood. People that build our cities, keep production lines humming. That's who we are… and we get shit done. People like us are expected to get shit done 'cause nobody ever handed us anything a day in our lives.

The Union é tudo.

quinta-feira, agosto 15, 2024

Kingdom of the Planet of the Apes


Não há muito tempo revi os três primeiros. Como um todo achei que funcionaram muito bem. Continuo a achar o primeiro muito bom. Os restantes são fixes, mas não é a mesma coisa. A verdade é que foi um dos casos raros em que voltaram a um franchise e não estragaram a coisa. Até que a Disney comprou os direitos.

Não é que Kingdom seja mau. Longe disso. Já vi muito pior e a pagar. Acontece que em qualquer um dos filmes terminei sempre com a sensação que estava bom ali. Que podiam acabar de fazer mais e ficávamos bem. Ficávamos satisfeitos. Quando sabia da existência de mais um, algo que supreendia-me sempre (sou ingénuo, nada a fazer), ficava com receio de estarem a esticar a corda. Depois de ver ficava aliviado. OK, conseguiram acrescentar sem estragar. Mas agora vamos parar com isto, certo?

Percebo que continuem. É um universo porreiro. Dá dinheiro e é bonito de se ver a coisa a continuar. Só que com Kingdom já achei a narrativa despropositada e algo enfadonha. Sabemos para onde a história vai. Temos de ir parar ao Heston. Qual é que o propósito de parecer que os humanos ainda têm hipótese? Vai saber mal quando terminarem com os humanos como escravos, não?

E depois... OK, pormenor simples. Falo apenas do início. Começam a dizer que este filme passa-se gerações depois do último. Plural. Várias. Agora, não são gerações como as nossas. A esperança média de vida, seja dos humanos ou dos símios, não pode ser a mesma. Logo, falamos de gerações com 30 anos. Máximo. Três gerações são 100. Não é muito. Mesmo assim, acho descabido que tecnologia de «agora» funcione passado esse tempo. Acho parvo que certo conhecimento tenha sobrevivido. E mais não digo.

Já agora, esta coisa dos símios andarem aos saltos, a escalar edifícios antigos, é ridícula, certo? Porque as criaturas estão a agarrar-se, a puxar-se, a ir contra e a esfarraparem-se todos contra vigas de metal todo ferrugento. Basta um cortezinho fácil em qualquer pedaço de pele e morre tudo de tétano, certo? Ou lá porque são espertos são imunes a tudo?

Disto ninguém fala.

segunda-feira, agosto 05, 2024

The Holdovers


So, before you dismiss something as boring or irrelevant, remember, if you truly want to understand the present or yourself, you must begin in the past. You see, history is not simply the study of the past. It is an explanation of the present.

Para mim, a nomeação para os Óscares quase funcionou ao contrário, em relação a este filme. Porque achei que era mais uma coisa pastelosa, daquelas que aparece nos prémios porque é suposto.

Por acaso vi o realizador, a premissa e talvez o trailer ou parte dele. Talvez tenha bastado o realizador. A verdade é que, tirando Giamatti, as representações deixam algo a desejar. E há boa parte inspirada por coisas do passado. Mas tem uns momentos porreiros. E sim, o Giamatti é o maior.

Não é um filme soberbo. Não ficará para a História. É muito bonito, em mais que um sentido, em vários momentos. Sempre é qualquer coisa.

sábado, agosto 03, 2024

Wicked Little Letters


Continuando na profanidade, passamos do Deadpool para inocentes senhoras, dum passado já algo distante, a praguejarem como se não houvesse amanhã. Devo dizer que esteve ao nível, em termos de entretenimento.

Não sou o maior fã de ficção baseada em factos verídicos, mas uma história sobre a polémica duma punhado de cartas insultuosas ter merecido a atenção de toda uma nação, devo confessar que isso tem piada.

Para além de humor e uma parte de interesse, tem ainda um elenco de referência. Tudo misturado dá um serão bastante aprazível.

sexta-feira, agosto 02, 2024

Deadpool & Wolverine


Foi possível! E tu duvidaste. Vergonha. Devias ter vergonha.

Eu não acreditava ser possível. Até ao dia em que aconteceu, mesmo tendo tomado todos os passos para que acontecesse. Mesmo tendo os bilhetes comprados. Até entrar no carro, para ir em direcção ao cinema, acho que não tinha ainda presente o que estava a acontecer. Foi maravilhoso, por este motivo e porque ir ao cinema é óptimo. Parece ser algo simples, mas quando o deixas de fazer com regularidade, quando o fazes é realmente uma coisa especial. E depois temos o filme em si.

Levei com alguns spoilers. A presença deste ou daquele actor era algo que sabia. Para além dos óbvios. Para além dos que desde o início se sabia que lá estariam. Não sabia bem que estavam lá a fazer, mas cedo começou a saber-se tudo isso. Dá pena. Porque se não formos ver logo o filme perdemos algo pelo meio. D&W não será o melhor exemplo. Porque o raio do filme tem muita coisa a acontecer. Muitos easter eggs. Muita participação. Demasiado material tentador de ser spin-offado, ou reatado, mas que não deveria. É daqueles filmes que, mesmo vendo com total atenção, é impossível apanhar tudo. De qualquer modo, não deixa de ser chato ter esta pressão de ver ou perder algo.

Foi maravilhoso ver este filme no cinema. Qualquer um é sempre especial. Este em concreto foi óptimo. Não deixo de ser quem sou, independentemente do momento que estou a viver, mas ver um filme destes no cinema é ser a totalidade do que sempre fui, em todos esses vários momentos que vivi.

Para que fique claro: gostei do filme.

terça-feira, julho 30, 2024

Deadpool 2


Um passo mais perto. Será que vou conseguir ver o terceiro?

O certo é que rever este filme ajuda-me a perceber onde deverá ir a narrativa do próximo. No final do 2, Wade altera a timeline, o que poderá fazer dele um variant. Isso justifica porque a TVA o persiga. Claro que é tudo especulação. Sei lá eu que coelhos ou outros animais esquisitos vão tirar da... Vamos ser simpáticos e simplesmente dizer «cartola».

Para mim, o 2 perde um pouco a mística. De repente há dinheiro, mas continua a ser um estúdio que não sabe o que fazer com o que têm em mãos. E continua a ser um filme no universo menos rentável, menos mediático, menos bem sucedido. Há muito a acontecer. Há outro tipo de recursos, sem dúvida. Não sei se há direcção. Não senti isso, pelo menos.

Tudo muda para o terceiro, claro. Novo estúdio. Entrar no universo, ou pelo menos no multiuniverso, certo. Ter uma direcção para ligar-se ao resto dos filmes. Pelo menos presumo que o tentem fazer. Faz sentido. Veremos. Ou será que não veremos?

sábado, julho 27, 2024

Deadpool


Em preparação para o terceiro, Parte I.

Será que vamos conseguir o terceiro? Vontade não falta. Começa a ser difícil evitar spoilers na net. Será mais fácil evitar apanhar uma DST numa festa universitária. O problema não é falta de vontade. Longe disso. Não só para evitar spoilers, entenda-se. Claro que quero muito ver este filme. O problema será arranjar forma de o ver. Que fazer com a Madame M.? Estou certo que adoraria o filme. Ter de aturar os olhares reprovadores do restante público na sala poderá ser o problema.

Temos um plano. Uma ideia. Conseguiremos concretizá-lo?

O filme continua hilariante. Nota-se muito mais a falta de dinheiro. Mas ainda mostra todo o coração posto nesta obra feita com todo o amor possível. Quando assim é, torna-se fácil demais não ligar às costuras.

quarta-feira, julho 24, 2024

Babes


Deu a cena inicial com as duas protagonistas. Vi o genérico inicial e reconheci o nome da realizadora. Pensei «elas queriam chamar o filme Bitches, certo?» Tenho convicção absoluta que o nome do filme foi Bitches até bem perto do final, até que alguém convenceu-as do contrário.

As protagonistas têm uma cena em que fazem entoações e trocadilhos com a palavra bitch, que dura um par de minutos. É óóóóbvio que queriam chamar ao filme Bitches. Mas Babes não é mau nome.

O filme acaba como começa. E tem momentos engraçados pelo meio. Há pouco mais a frisar. Teve piada de se ver.

terça-feira, julho 23, 2024

Justice League: Crisis on Infinite Earths - Part Three


Cá está a terceira e última parte. E o que posso dizer é que aconteceram cenas. Várias. Algumas interligadas. Mas não muito! Algumas a fazer sentido. Outras...

Senti o mesmo ao ver esta trilogia, que senti ao ler muitas das recentes histórias principais dos mega eventos de BD. Senti sempre que estava a perder mais enredo do que o que estava a ler. Tomemos o mega evento, que deu origem aos mega eventos, como exemplo: Secret Wars. Foi um conjunto de livros que contou uma mega história, com todos os mais populares personagens de então (ou os mais comerciais enquanto brinquedos, mas isso é outra conversa), todos nos mesmos livros. No final da história e com muitos a terem evoluído, as narrativas individuais continuaram nos respectivos títulos. Hoje em dia é bastante diferente. Temos um conjunto de livros com a história principal e uma data de outras pequenas histórias, interligadas à principal, a passarem-se noutros livros. O que faz com que a história principal seja completamente partida, nada linear.

Usando outro exemplo: a batalha no final de Endgame. Tudo acontecia ao mesmo tempo, mas íamos vendo como cada herói estava, em momentos específicos. Agora imaginemos que tínhamos a parte principal da batalha a decorrer, mas o momento em que o Spider-Man tem a Gauntlet passava-se num filme do Spider-Man. Saltávamos dum momento para o outro, sem perceber o que tinha acontecido. Ou porquê!

Esta versão de Crisis on Infinite Earths foi isso. Foi sentir que havia uma data de coisas a acontecer fora do filme. Algumas bem mais interessantes do que as que aconteciam no filme. E, honestamente, não percebo porque teve de ser assim. A BD disto é muito boa. É antiga, datada, sim. Mas não precisava deste atropelo de adaptação. Não honrou em nada a clássica história.

segunda-feira, julho 22, 2024

Drop Dead Fred


Como a própria personagem da Phoebe Cates tinha esquecido o seu amigo imaginário de infância, também eu tinha esquecido este filme. Até que ouvi falar do mais épico episódio de How Did This Get Made, e até que o ouvi (não foi fácil).

No episódio o painel esteve dividido. Uns achavam que Fred, e a própria Phoebe, eram personagens execráveis. Outros diziam que foi Fred a salvá-la. Eu ia lembrando-me de detalhes. Porque vi o filme um par de vezes, em miúdo. E de bem mais lembrei-me, ao ver o trailer. O certo é que o episódio foi tão divertido que houve vontade de rever o filme. Mesmo que uma das coisas que me tenha lembrado era de que não tinha gostado assim tanto. Fiquei com a impressão, mas não a certeza, de que Fred era um idiota.

Confirma-se essa parte, quase na totalidade. Ele redime-se no final, convém dizer. E tenho ainda de admitir que há demasiados momentos que marcaram-me. Não é algo bom. Para um "filme de «miúdos», houve aqui cenas que fizeram-me crescer um pouco, demasiado cedo. Não fiquei traumatizado, mas...

De qualquer modo, a parte de humor, que supostamente o filme pretende ter, não é assim tão engraçada. E não, não é para miúdos. É para adultos encalhados e infelizes, que tentam ser crescidos à força, quando não há necessidade nenhuma disso. Para eles será um filme perfeito.

domingo, julho 21, 2024

Migration


Esperava um pouco mais. Não sei porquê. O elenco é simpático. Talvez por isso. E é um filme muito fofinho, atenção. Mas é o Ice Age dos pássaros. Mais ou menos. Não há um risco de extinção, mas é o pai relutante que vai com a família em peregrinação, contra tudo e todos.

Foi ainda um belo cartão de visita para a Jamaica que também não é aquilo que se espera. É fixe. Gostei muito de lá ter estado. Mas não é assim a cena tão idílica que pintam.

Posto isto, ia lá amanhã. E amanhã via outro filme tipo Migration também. Na boa.