Não há muito tempo revi os três primeiros. Como um todo achei que funcionaram muito bem. Continuo a achar o primeiro muito bom. Os restantes são fixes, mas não é a mesma coisa. A verdade é que foi um dos casos raros em que voltaram a um franchise e não estragaram a coisa. Até que a Disney comprou os direitos.
Não é que Kingdom seja mau. Longe disso. Já vi muito pior e a pagar. Acontece que em qualquer um dos filmes terminei sempre com a sensação que estava bom ali. Que podiam acabar de fazer mais e ficávamos bem. Ficávamos satisfeitos. Quando sabia da existência de mais um, algo que supreendia-me sempre (sou ingénuo, nada a fazer), ficava com receio de estarem a esticar a corda. Depois de ver ficava aliviado. OK, conseguiram acrescentar sem estragar. Mas agora vamos parar com isto, certo?
Percebo que continuem. É um universo porreiro. Dá dinheiro e é bonito de se ver a coisa a continuar. Só que com
Kingdom já achei a narrativa despropositada e algo enfadonha. Sabemos para onde a história vai. Temos de ir parar ao
Heston. Qual é que o propósito de parecer que os humanos ainda têm hipótese? Vai saber mal quando terminarem com os humanos como escravos, não?
E depois... OK, pormenor simples. Falo apenas do início. Começam a dizer que este filme passa-se gerações depois do último. Plural. Várias. Agora, não são gerações como as nossas. A esperança média de vida, seja dos humanos ou dos símios, não pode ser a mesma. Logo, falamos de gerações com 30 anos. Máximo. Três gerações são 100. Não é muito. Mesmo assim, acho descabido que tecnologia de «agora» funcione passado esse tempo. Acho parvo que certo conhecimento tenha sobrevivido. E mais não digo.
Já agora, esta coisa dos símios andarem aos saltos, a escalar edifícios antigos, é ridícula, certo? Porque as criaturas estão a agarrar-se, a puxar-se, a ir contra e a esfarraparem-se todos contra vigas de metal todo ferrugento. Basta um cortezinho fácil em qualquer pedaço de pele e morre tudo de tétano, certo? Ou lá porque são espertos são imunes a tudo?
Disto ninguém fala.